terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ídolos, a final (post pago! Hahahahaha!)


Semana passada, este blog (acho chique falar na pessoa jurídica) foi convidado para cobrir (RÁ!) in loco a final do programa Ídolos da Record, cuja edição eu já tinha comentado aqui.


Puta estrutura, palco montado, telões, um milhão de câmeras, holofotes, banda, povo berrando com placa na mão e entoando cânticos populares como “Aqui tem um bando de locô, loco por ti, Tom Blaquê!”, Faro de terno e numa simpatia ímpar, Paula Lima competindo se a bunda era maior que o cabelo ou vice-versa e Marco Camargo despencando do palco no melhor estilo Caetano-por-isso-uma-força logo na entrada, seguido por um festival de gargalhada do povo da pista. Sensacional.


Bom, gravações de cabeça depois, começa o programa e duas coisas já me irritaram de cara:

1. A quantidade absurda de merchandisings! Na verdade, isso já me irritava nos programas normais (precisa posar cheek-to-cheek com uma barra de Suflair???), mas aqui pareceu que a cota não foi esgotada durante a temporada e eles resolveram gastar o que faltava na final. Juro, um a cada cinco minutos! Valeu, Niely “Só veio arrumar o cabelô”!

2. A postura televisiva. Ah, mano, você acabou de chegar do interior de Santa Catarina. Precisa mesmo se comportar como a Eliana? Até o Faro parecia mais natural do que o Israel, que sabia que ia ganhar. Enfim.


Nas apresentações, que foram o forte (dãr) da noite, Tom Black tava espetacular como sempre, Israel foi Israel, capaz de cantar até um clássico da música erudita como se fosse sertanejo, Ed Motta me impressionou por de fato ser muito grande (no caso dele, ele engordou tanto que chegou no fim do efeito engordativo da TV e agora ela faz o inverso e disfarça o tamanho dele, porque não é possível) e Daniel e sua falta de pescoço me fizeram pensar na máxima de trocar “você” nas músicas românticas pelo nome do apresentador/programa… Queria muito vê-lo cantar "E só penso em Clube Irmão Caminhoneiro Shell a todo instaaante…". Ele só se redimiu porque, na hora dos duetos, duplou de fato com o Israel, enquanto o Ed Motta entrou numa disputinha de vocalizes com o Tom Black… vergonhoso.


Destaque pro Billy Paul que chegou como um velhinho que dá gritinhos a la Frank Aguiar, mas que arrebentou cantando “Your Song” com o Ed Motta, ainda que eu fosse a única pessoa da platéia que conhecesse essa música. Mas enfim, o blog é meu, dou destaque pro que eu bem entender! HAHAHAHAHA!


E só pra não passar em branco a participação dos outros 8 participantes da fase final do programa, a boa sincronia entre eles, Nise no time dos meninos, microfone da chatinha da Maria Alice desligado e Chay de qualquer jeito garantiram ótimos e já saudosos momentos (tão saudosos que nem lembro o nome dos outros mais)!


E assim foi, entre um show do intervalo (sim, tem isso!) e outro com distribuição de brindes de um cara que trocava a cor do terno sempre, confirmando minhas impressões, Israel ganhou. Não tava torcendo, mas ele ficou tão feliz e até pulou no colo do Faro que eu me emocionei. De novo. É, não tem o que fazer. Cantores populares têm sempre mais chance. Vejam, por exemplo, minha companheira de platéia Sula e sua reação à presença de Daniel cantando com Israel no palco:


"Uma... xícara... de... chá... de..."


E no meio de tanta coisa acontecendo, uma notícia triste: Palmirinha Onofre parou de apresentar o TV Culinária na Gazeta depois de 11 anos fazendo nossas vidas (a das donas de casa e dos que estão de férias, claro) mais feliz. Isso sem somar os anos em que cozinhou esporadicamente no Note & Anote quando a Ana Maria Braga ainda usava franja e rabo de cavalo devidamente platinados.


Enquanto Ana Maria é tipo a nossa mãe (só que com dinheiro e um quê de periguetismo), ensinando receitas, entrevistando famosos com perguntas típicas de mãe, entendendo pouco de tecnologia nos merchandisings de notebooks e, principalmente, nos dando ensinamentos de vida nas mensagens que me fazem chorar todo dia de manhã, Palmirinha é como a nossa avó, que não tem a obrigação de entender nada de muita coisa, de saber quem é quem nos reality shows e nem mesmo de lembrar o nome da… da… faca!


Se dividindo agilmente entre as “amiguinha” do sofá e a Sandrinha no ponto eletrônico, ela poderia ser a dona Maria Boleira que a gente sempre aciona pros aniversários de família ou a avó que tem as melhores histórias pra nos contar nos sábados à tarde regadas à bolinhos de chuva infinitos. Mas com uma vantagem: não se leva a sério (feliz dos apresentadores de programas de TV que ainda fazem isso).


Rainha do CQC, recebeu uma homenagem ultra merecida quando apresentou seu Top Five de gafes próprias e ainda apareceu na bancada do Tas com terninho e gravata pretas, como se fosse o pug do MIB (inclusive suas tentativas de imitar o Marco Luque no “Top Five Two” causou a mesma sensação do “Who Let The Dogs Out” do filme). Enfim, depois de me fazer chorar na entrevista pro Jô, de ganhar uma página de entrevista na Folha de São Paulo, de ser estrela no programa da Hebe da semana passada e até apresentar prêmio no VMB, Palmirinha é lenda. 80 anos são poucos pra ela. E ela nem precisou das pernas da Hebe pra arrebatar nossos corações.


Que o TV Culinária vai continuar no Top Five, não resta dúvidas, até porque talvez só eu, no mundo inteiro, seja tão desastrado e capaz de quebrar TUDO o tempo todo como a Viviane Romanelli. Mas eu só espero que a Palmirinha cale a boca do Boninho que a acha muito velha pra ainda trabalhar na televisão (em tempos onde os grandes destaques da novela das 8 já passaram dos 70 há tempos) e vire uma persona nas redes sociais digna de concorrer com Ângela Bismarchi e seus mandamentos do sexo. Já pensaram se ela vira nossa Sue Johanson?


E pra fechar, a melhor homenagem que já fizeram pra ela:



quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Post especial: "Happy Hour" - inclusão nas escolas

A intenção desse blog, desde o começo, foi comentar televisão e qualquer coisa que possa estar relacionada a ela. E como o próprio subtítulo diz, com uma visão beeem particular das coisas. No geral eu tento ser leve e até um pouco engraçado, porque é essa a forma como eu costume lidar com as coisas na vida. Mas por vezes isso não é possível. Meu post sobre “A Liga” já tinha um tom mais sério e o do “Superpop”, ainda que começasse sacaneando o programa, teve um tom de crítica além do normal.


Apesar disso, o intuito não é fazer críticas sociais ou levantar bandeiras, só compartilhar o que eu vejo e o que eu acho sobre isso. E em contraponto ao Superpop já citado, semana passada eu pude assistir ao Happy Hour, programa da Astrid Fontenelle no canal à cabo GNT (e Deus abençoe as esteiras da academia providas de TV, porque todo mundo sabe que minha rua ainda não tá cabeada – ALÔ, NET!!!) e o tema era inclusão social de crianças portadoras de necessidades especiais nas escolas.


Eu não tinha postado até então, porque achei mais útil colocar um link do programa pra quem tivesse interessado em assistir do que repetir um discurso. Mas não achei no You Tube e a Globo.com não disponibilizou nem pra quem é assinante. Mas eles disponibilizaram a matéria que iniciou o debate e vale a pena ver:




Entre mães de crianças especiais e profissionais de educação, os principais recados dados nesse programa são:

1. Inclusão começa dentro de casa.

2. Inclusão não é uma coisa fixa e determinada porque nada na vida é fixo e determinado.

3. No convívio escolar, a ajuda entre as crianças é mútua.


E o recado final é o de sempre: tolerância. E parabéns Astrid por ter conduzido a conversa de um jeito leve e esclarecedor, sem maquiar as dificuldades e pontuando o que de fato é importante na relação das pessoas com o que é diferente.