quinta-feira, 24 de junho de 2010

En la Fuerma de la Ley


Começou com uma festa com todo mundo vestido de Menudo, mas com maquiagem de David Bowie. Dessa forma nos foi apresentada a turma dos 5 justiceiros e do grande vilão desse C.S.I. Guadalupe.


Esses 5 amigos se conheceram sabe-se lá como ou quando, frequentaram a mesma faculdade, mas cada um acabou seguindo uma profissão diferente. Me faz lembrar meus tempos de Cásper em 99 e baladas completamente shuffle no centro de São Paulo onde publicitários dançavam enquanto jornalistas bebiam e relações públicas lançavam olhares sedutores. Tudo na maior brodagem. Vantagens de estudar num corredor...


Mas vamos ao elenco:

Luana Piovani, policial federal. Já era séria mesmo antes da formatura, sempre armada com uma pistola e duas doses de marguerita, que amoleciam a voz de bedel de Carrossel dela.

Ana Paula Arósio, promotora. Pulava, quicava e beijava como se fosse a última vez (e, nesse caso, era mesmo... TAAANNN! – música de suspense).

Henri Castelli, advogado. Seu disfarce de melhor amigo do vilão quase denuncia sua predileção por uns tapas na intimidadjy.

Célio Rojas, juiz. Romântico à moda antiga, do tipo que ainda manda flores. E por não ter dinheiro na época da facul, chegou atrasado pra conquistar Arósio.

Ademir Rodrigues, que entrou pelo teste fotográfico realizado por Rick Bonadio para o programa Popstars do SBT, representante do núcleo pobre da minissérie, já que virou jornalista.


Como antagonista temos Márcio García wannabe Coringa do Batman, movido por sua paixão ensandecida por Arósio.


O início de tudo: nessa festa, Márcio García matou de porrada e atropelado (ele é bem cruel) o namorado da Ana, sua paixão. Os 4 amigos, juntamente com ela, que foi obrigada a assistir à cena, testemunharam o crime, depuserem, mas não contavam que ele fosse se safar por ser filho do influente Senador Bruxa do Mar, casado com Cassandra do Sai de Baixo, uma alta socialite do Arouche que, por conta da quantidade de laquê infiltrada no cérebro (cara, sorry, mas com aquele capacete, fica quase impossível não ressucitar uma piada de Caco Antibes) acabou por ficar mais alienada que a mãe da cheerleader do Heroes, que, por sua vez, teve o cérebro frito pela versão humana da canetinha do MIB.


A questão é que esse moleque sem coração e sem emoção (inclusive para interpretar – resquícios de Bahuan), perdeu completamente o senso do que pode ou não pode e, depois desse episódio, desandou a eliminar qualquer um que atravessasse seu caminho, inclusive mandou matar Ellen Rocche – na primeira vez em que ela começou a convencer num papel – incriminando seu meio-irmão-bastardo-capanga-padrão-de-novela-das-8-que-eu-morro-de-medo, que já apresentava distúrbios seriíssimos de coportamento e acabou por se matar na cadeia, não sem antes protagonizar uma cena tocante com o papai Bruxa do Mar.


A missão dos 5 justiceiros é incriminar esse cara a qualquer custo. E, no meio disso, vão se deparar com falcatruas políticas, crime atrás de crime e um rastro de sangue que deixaria o extinto NP com vergonha. É bem pesado, na verdade, no que diz respeito à representação da impunidade no Brasil, da exemplificação do “você sabe com quem está falando?” e da lavagem descarada de dinheiro que os noticiários não deixam nem acreditarmos que qualquer semelhança com fatos reais seja mera coincidência.


Mas ainda que tenha a pretensão de retratar a realidade, fica difícil de engolir o gianecchinismo da Luana Piovani, o espírito de Maria do Bairro baixando na Ana Paula Arósio, do Carlos Daniel da Usurpadora baixando no Márcio Garcia, da própria Usurpadora no Henri Castelli e do saxofonista da Augusta baixando no pobre coitado do juiz perdido de amor pela Maria do Bairro. Ainda bem que eles colocam participações de gente como Carolina Ferraz, José Wilker, Osmar Prado e meu querido Paulo José (não que eu o conheça, só morro de apego) pra nos ajudar a engolir, ainda que com um texto arrastadíssimo e caricato.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Trocentos milhões em ação...*


Futebol é uma coisa intrigante pra mim. Quando eu tinha lá pruns 10, 11 anos, resolvi tentar gostar. Claro que eu virei são-paulino! Pra desespero do meu pai, um palmeirense doente que herdou o coração verde do pai, naquela época ninguém podia com o time de Raí, Palhinha, Muller, Toninho Cerezo e Zetti. Em 92 e 93 foram duas Libertadores e dois Mundiais de Interclubes que fizeram minha avó me dar minha primeira (e única) camisa oficial do meu novo time do coração e, pela primeira vez, acordar no meio da madrugada pra acompanhar futebol.


Porém, quando cheguei aos 14, 15 anos, a minha vida social começou por outros meios e ler o caderno de esportes parou de ser tão importante assim. Eu me livrei da obrigação imposta por mim mesmo e me contentei em ter lembranças na minha memória bizarra pra eventos televisivos de lances incríveis de uma boa época. (Mais ou menos) até agora.


Se existem dois caras que podem me fazer voltar a gostar de futebol ou pelo menos encarar mais dois programas de entretenimento na minha grade, esses caras são Tadeu Schmidt e Tiago Leifert. O Tadeu, desde que começou no Fantástico, me fez parar de mudar de canal (sim, eu assisto Fantástico) pra não morrer de sono com a voz do Léo Batista (que me desculpem os tradicionalistas). Ele narra de um jeito divertido, faz umas edições espirituosíssimas, o “Bola Cheia” e “Bola Murcha” são ultra populares e a intimidade com que ele trata os jogadores (quem faz 3 gols pede a música) mata aquela porra chata do “o professor blá blá, a equipe tá unida e blé blé blé”.


Mas o Tiago é tipo o cara mais gente boa da sala de aula que calhou de manjar de futebol e arrumou um trampo na TV. E ele poderia falar de qualquer coisa! É bem fácil imaginar o Tiago dando uma receita de bolo com a mesma facilidade que entrevista um jogador. Igualmente criativo no conteúdo do Globo Esporte, se mostra sério no que faz ao mesmo tempo em que não perde a simplicidade ao ficar orgulhoso quando o Ronaldo mando um abraço pra ele.


Em época de Copa, é inevitável não saber quem é quem, porquê e aonde, sonhar com barulho de vuvuzelas e se tornar mais um comentarista de futebol. Eu, por não levar a sério, faço a minha parte tirando sarro e tomando cerveja. Mas faço questão de ver o Central da Copa da mesma forma que faço questão de almoçar com os meus amigos, ainda que o papo seja 80% sobre futebol. É familiar. E quem é que imaginaria alguém tão livre de amarras dentro da Globo a ponto de produzir uma matéria sobre o CALA BOCA GALVAO (Trending Topics do Twitter há mais de uma semana, fruto de uma brincadeira que ganhou os principais jornais do mundo dizendo que “CALA BOCA” seria “SALVE” e “GALVAO” uma ave rara em extinsão no Brasil), entrevistar o próprio Galvão Bueno sobre esse assunto e ainda fazê-lo tirar rir disso? O Brasil agradece!


E pra não perder a chance, minhas impressões sobre a estréia do Brasil na Copa em tópicos:

1. O Sr. CALA BOCA GALVAO, bem como o time de comentaristas, estava com uma belíssima e nada chamativa gravata amarela, que pouco desviou a atenção de quem só entende “blá blá blá whiskas sachê” quando ele fala.


2. Dunga estava ditando tendência com sua roupa de Pequeno Príncipe. Depois de Samantha vestida de Paquita num karaokê em “Sex And The City 2”, tô achando que a moda vintage vem com tudo, embalada por Sgt. Peppers.


3. Aquele coreano careca (era o único; dá pra diferenciar) chorando emocionou no hino. Mas irritou profundamente no reeeeeeesto do jogo inteiro com aquela cara de intestino ressecado dele.


4. O coreano que cortou o joelho (e ninguém entendeu como) me fez lembrar o goleiro que cortou a cara com a gilete no episódio Rosenery, a fogueteira do Maracanã – provavelmente a segunda pior capa da Playboy (depois da Hortência que, sem fazer nenhum milagre, melhorou muito com o tempo, devemos admitir).


5. Viva o Maicon e viva o Elano!


6. ZzzzzzzZZzzzzzzzzZzzzzzzzz...


7. =========<() PuóóóóóóóóóóóóóÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓ!!!


* Colaboraram (sem saber) o povo do twitter e o povo que tava na mesa do restaurante comigo.