terça-feira, 23 de outubro de 2012

Sinopse de "Salve Jorge" (ou refogado de Glória Perez)


Como eu não tenho muita paciência pra Glória Perez, vamos direto ao ponto: era uma vez um zoiudo amante do Crô que, depois de não ter sido preso por bater na Solineuza, foi embora ficar rico num outro núcleo, mas não sem antes fazer a pobre coitada de empregada, afinal, ela precisava sustentar uma filha canastrona que achava o cabelo da Ivana o máximo e que não tinha lá muito bom gosto pra homem, já que teve um filho com o mendigo de Curitiba.

No meio desse rolo todo, o zouido ainda teve tempo de casar com a Jade, que resolveu voltar pro Brasil e trabalhar como delegada de polícia (vaga deixada pela Lúcia Veríssimo quando embarangou) trazendo todo o frescor de sua jovialidade prum ambiente tão masculino, tanto que a gente não fazia idéia que ela  já tinha uns 45 anos! Só Thammy que ainda resiste às dicas de Jade, mas serve como ótimo guarda-costas. Só nos ligamos da idade de Jade quando fomos apresentados à sua filha que, depois de ser vilã em Malhação e namorar um NX Zero, achou que não havia sido rebelde o suficiente e resolveu marcar casamento na Turquia com um Zé Mané com californianas nos cabelos. E, como não poderia deixar de ser, correu se hospedar na casa do Antônio Calloni, sucessor do Tony Ramos em papéis estrangeiros idênticos.

Turquia essa que é o sonho de consumo do Raj, que também voltou do Brasil depois que a mulher dele virou biscate numa novela mais tarde que permite uma putariazinha extra e virou devoto de São Jorge da Capadócia, lugar que tem balão a dar com pau. Agora ele dedica sua vida ao hipismo e compõe o núcleo fetichista de fardados da Glória, junto com Murilo Rosa, Sidney Sampaio e o filho da Torloni. Todos capitaneados por Oscar Magrini, o Ralf. Praticamente um Clube das Mulheres monotemático.

Raj, nessas de querer parecer um herói nacional, incorporou um jeito todo Tarcísio Meira de declamar suas falas e tem um relacionamento bem limpinho com Flávia Alessandra, que entra na novela de enfeite só  pra garantir que seu marido, Otaviano Cotas, garanta o leitinho das crianças interpretando o puxa-saco do zoiudo. O que Flavinha não sabe é que Raj se engraçou com a filha da Solineuza quando ela resolveu dar um piti de mãe boa no meio do desfile de 7 de setembro e o desacatou enquanto autoridade (aliás, belíssimo gancho pro segundo capítulo, Glória! E eu com medo de você não conseguir superar Genésio atropelado...).

Só que, como todo bom folhetim, o amor que surge no começo da história entre o casal de mocinhos só pode se concretizar no final. E pra impedir que ele vingue logo de cara, entra a Donatela pra iludir a filha da Solineuza lhe propondo um EMPREGO incrível na ESPANHA pra ganhar EM DÓLAR na companhia da CAROLINA DIECKMANN, da EX-MORENA DO É O TCHAN  e de um CLONE DA DANIELA ALBUQUERQUE. Juro que eu não sei como ela não desconfiou em nenhum momento. Vai ver rolou uma identificação com o penteado da Totia Meireles.

Agora é esperar pra ver como isso vai se desenrolar. Mas, pra quem não tiver paciência, já adianto algumas coisas que são de conhecimento popular: em pouquíssimo tempo seremos todos fluentes em interjeições turcas, sairemos dançando uma dança estranha pela sala como se isso fosse a coisa mais normal do mundo, ficaremos surdos com os berros de Neusa Borges, disléxicos tentando entender a dicção do Mussunzinho e com dó do Angu do Gomes que só faz comerciante (também, gente, vamos fechar o botão dessa camisa e cortar esse cabelo?), vamos dar graças a Deus que Eri Johnson não foi escalado e lamentar que Bruna Marquezine foi.

Eu me dei como prazo máximo pra me apegar a essa novela o dia em que aparecerem Vera Fischer e Narjara Turetta, porque ambas merecem ser prestigiadas (Thammy, a terceira razão, já apareceu e já é minha candidata ao Troféu Imprensa de Revelação do Ano pra 2013). A partir desse momento, só me restará lamentar não ter conhecido a Turquia antes que a Glória pirasse com o advento da Capadócia no Instagram, atrás hoje somente de pratos de comida e gatos.

Tchau Tchau Tchau


Carms, você foi tão importante na minha vida duante esses meses que eu mal fui capaz de escrever alguma coisa de qualidade nesse humilde blog sem me derramar de amor e comprometer a imparcialidade (COF!) do texto. É por isso que quero me despedir oficialmente.

Olha, eu sempre te amei. Mesmo quando achava que você era só a bruxa da Branca de Neve sem coração. A chegada do seu pai Albieri só explicou pra gente que você é o tipo de vilão com razão de ser, o único que eu respeito (Lucinho, seu comparsa, que é só um bunda mole que nem pra ser vilão serve, por exemplo, eu não respeito. Mas super te entendo, gata!). Por isso que não me surpreendeu nem um pouco você ter salvo a Nina e o Corno, dando um tiro no pé bom daquele Dr. Chapatin do mundo bizarro. E olha, nem fiquei puto que ele não tenha aparecido mais porque já não aguentava mais ele distribuindo perdigotos pra todo lado com a dentadura da Laura Cardoso.

Mas em nome desse amor eu queria te dar uma dica: você passou 12 anos carregando uma Michael Kors pra cima e pra baixo, cheia das jóias e virada nos tons claros. Eu sei que o lixão não permite muito apego pela moda e que você teve até que improvisar um banho de creme no cabelo com saco de plástico amarrado na cabeça, mas não usa mais meião de jogador de futebol, não... Deprê, sabe?

E, por fim, só pra te atualizar do que tá rolando no Divino, o Cadinho oficializou a suruba em praça pública mas até agora não deixaram o Roni dar uns catos em público no Leandro, ou seja, se já não dá mais pra bancar a pose de defensora da família brasileira, melhor ficar pelo lixão mesmo. Até porque sua família cafona aumentou de tamanho e a Muricy continua lá. Você não merece isso...

É isso, Carms. Fica bem, atualiza a antitetânica, vai visitar a Ágatha de vez em quando, pelo menos pra roubar o lanche dela, e me espera aí nas minhas próximas férias que a gente vai super se jogar no baile Charm!

Bjo,
Mario. 





PS: e só pra não passar em branco, gostaria ainda de usar esse espaço pra declarar meu amor eterno, amor verdadeiro por Nilo, Zezé, Adauto, Verô, Darkson e Betty Faria. É Divinooooo, lááá laiááááá...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

"Eu nem peguei minha bolsa!"


PELAMORDEDEUS, o que foi o capítulo de ontem de Avenida Brasil??? Sem dúvida, o que eu mais amo na Carminha é ela ser uma vilã tipicamente brasileira. Tenta fazer a fina mesmo tendo espírito brega, não sente culpa em se divertir e tá sempre dando jeitinho. Mas quando o bicho pega e ela se sente acuada, não agüenta e sai distribuindo verdades pra todo lado! Porque ontem a nossa musa só falou verdades. O que não a livrou dos tapas que a gente ama tanto.

Enfim, vamos ao texto: essa novela parece não seguir a menor regra, mas no fim até que tudo faz sentido: foi de tirar o fôlego até o capítulo 100, depois seguiu-se uma semana de tortura na Carms pro nosso bel-prazer até que a gente entendeu que a Nina, apesar de esforçada, não tem vocação pra se vingar. Aí, quando a mocinha se vê toda cagada, com o elenco inteiro desconfiando  dela e tendo que se casar num lixão por uma mãe Lucinda com um fascinator que faria Lady Gaga chorar de desgosto (ou arrependimento), a novela fica tão morna quanto a existência sem sentido da Nina.

Mas JEC não havia de nos decepcionar e logo veio a melhor parte: Max, o vilão coadjuvante com Q.I. de avestruz, apertando o botão do foda-se e fazendo o que a Nina não conseguiu a novela inteira por não estar familiarizada com os avanços da internet móvel, das redes sociais (apesar de ter conhecido Ivana no Orkut) e da possibilidade de guardar seus arquivos na nuvem (ou num pen-drive que fosse). Claro que tudo isso motivado pela conclusão do que foi a cena mais tocante da novela até aquele momento: Carminha tentando matá-lo depois de demonstrar pro público que naquele peito vadio bate um coração. Isso sem falar da banana que ele mandou pra família em homenagem ao Marco Aurélio de Vale Tudo.

E o que se segue é um capítulo incrível que deu à Globo a maior audiência do ano na TV! E começando com um texto brilhante, desde a hora que Carms explode dizendo que a maior verdade era que tinha perdido os melhores anos da vida naquele subúrbio de quinta com aquela família cafona até o momento em que é jogada pra fora da mansão e só consegue pronunciar a mais profunda frase: “Eu nem peguei minha bolsa!”

Não vou comentar os outros núcleos da novela porque eles não contribuíram em nada pra isso. Ao contrário de Adauto, responsável pela próxima cena mais tocante da novela quando sai da mansão chorando porque tomou uns galhos da vaca (essa sim!) da Muricy. Eu já disse e repito: acho que sei como seguir a vida quando Avenida Brasil acabar, mas não sei o que farei sem Adauto (porque Zezé eu já tenho a minha). Eu tipo trocaria todos os figurantes por Adauto: ele faz a gente rir como o núcleo Cadinho deveria fazer, tira a camisa como os atletas do Divino, tem amor puro como o de Darkson por Tessália, e Suellen... bom, Suellen hoje cumpre a mesma função de Cadinho: nos lembrar que é hora do xixi. Talvez mantivesse só Olenka, porque ele merece uma mulher que se dedique.

Mas voltando à Carms, essas duas últimas semanas fecham uma história que só existiu por causa dela: ela transformou a família Tufão no que eles viraram e agora eles vão ter que reagir à tudo o que ela vomitou na cara de cada um ontem. E enquanto eu torço pra que a Monalisa dê mais uma surra bem dada nela, dessa vez sem a interferência daquele padre com cara de Trakinas assustada, vou planejando minhas próximas férias no Divino antes que a abstinência chegue.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Tudo culpa da RRRRRITA!


- Olá, meu nome é Mario.
- Oooooooi, Mario!
- Tenho 30 anos, sou solteiro, publicitário e noveleiro. Sim, noveleiro. Estou há 18 horas sem assistir novela (na verdade 16, se eu contar Gabriela) e não posso dizer “só por hoje” porque ontem a Carminha descobriu que a Nina sustenta o Max e os planos de vingança com o dinheiro do sequestro dela e eu preciso saber no que isso vai dar. PRECISO!

Minha relação com novelas começou muito cedo, talvez por sempre ver meus pais consumindo. Eu sempre os amei muito, e ainda amo, e talvez por isso fui influenciado a assistir novelas. Quando criança eu era obrigado a dormir às 20h30, mas as novelas nos anos 80 começavam mais cedo. E nessas eu descobri Maria de Fátima, Odete Roitmann, Felipe Barreto, Perpétua, Isadora Venturini e toda uma variedade de personagens que causavam os mais diferentes efeitos em mim. Meus pais, talvez inconscientes de que o vício independe da dosagem mas sim da suscetibilidade do usuário, começaram a chamar minha irmã, batizada Thais, de “minha doce Thaisinha” em referência à forma como o personagem de Antônio Calloni (por Baco!) se referia à personagem de Letícia Sabatella em “O Dono Do Mundo”, novela de Gilberto Braga, com direção de Denis Carvalho, primeiro papel de Letícia na TV bem como de seu futuro marido Angelo Antonio, o apaixonado Beija-Flor... Desculpem, gente. Eu tenho tentado me conter mas, quando eu percebo, o cordel de referências já está saindo da minha boca feito lingüiça (desculpem também pela nojenta metáfora).

A questão é que, conforme fui crescendo, passei por vários estágios da dependência, buscando as mais diversas maneiras de satisfazer minha necessidade quando as adversidades da vida me impediam. Mais uma vez, com influência do meu pai que gravava “Pantanal” quando precisava sair para qualquer compromisso, aprendi a utilizar o vídeo-cassete como um aliado. Chegou um ponto em que gravava “Laços de Família” e chegava em casa da faculdade apertando o “play” antes de dar boa noite a meus progenitores. Mas isso já não me satisfazia. Ainda guardo fitas e fitas com finais de Big Brother, apresentações (para mim somente) épicas do finado Fama e duas especificamente com as cenas finais de revelação de “Por Amor”. Com o advento da internet, cheguei a assistir “Pé na Jaca” e “A Lua Me Disse” pelo You Tube diariamente durante minha hora de almoço, retomando o apego à novelas das 19h, prática extinta desde que assinei minha carteira profissional pela primeira vez.

Tenho pensado seriamente em como seria minha vida caso me curasse dessa celeuma. Inclusive fiz um teste ano passado quando fiquei completamente ausente das novelas (com exceção de capítulos decisivos da reprise de “Vale Tudo” que, por conta de um fuso horário de 4 horas, me faziam passar noites em claro) mas quando estava me considerando pronto pra função, principalmente depois da vodka batizada que foi “Fina Estampa”, chega João Emanuel Carneiro (“A Favorita”) e lança no mercado “Avenida Brasil”. Quando vi a primeira cena da novela com uma Bruna Marquezini ultra melhorada, sem sua lamentação manequiana mas enfrentando com garra a maior vilã de todos os tempos, Carmen Lúcia, meu coração parou. Parou junto com o do Genésio. Congelou no cinza junto com Tufão. 

Desde então, acredito que até outubro terei perdido metade dos meus amigos (os que não consegui corromper, obviamente) e desconfio de que precisarei de terapias holísticas (a minha jungiana morre de rir do meu vício e até tem começado a se preocupar, mas não sei se ela entende minha vida sendo guiada por Carminha para todo sempre) quando o Divino for extinto. Ao me ver forçado a ligar a TV às 21h diariamente eu acabei com uma festa de aniversário no capítulo 100, com uma festa julina no capítulo 101, com um open house no capítulo 104, quando Zezé finalmente foi agraciada com uma congelada histórica, e acabei com amizade com a minha roommate no capítulo 117, a maior obra-prima já vista num capítulo de quarta-feira, onde o futebol, outra famosa droga que assola a sociedade mas da qual sou imune, fode a nossa vida não permitindo nem o momento “Oi Oi Oi” – Carminha sendo trocada por Nina, ficando muito louca, batendo o carro, tomando uma com os colegas numa birosca, fazendo O MELHOR DISCURSO DE TODOS OS TEMPOS e, por fim, congelando na boléia de um caminhão de lixo entornando uma garrafa de cachaça no gargalho gritando “TOCA PRO INFERNO, MOTORISTA”. 

Se o lixão é o inferno, eu não sei, mas que eu tenho vontade de cantar “Andança” pra Carminha sempre que ela aparece, não vou negar.

- Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras. Obrigado. É só por hoje (MENTIRA! #OIOIOI!).

quarta-feira, 4 de abril de 2012

"A Vida Da Gente" - Beijo, Nelinha!



Depois de ter acabado (merecidamente, me desculpem) com Nelinha por causa de Tempos Modernos (não, não sou tão bizarro assim, só me lembro porque fiz post), eu precisava me redimir depois de ter tido a chance de acompanhar o final do que certamente foi uma das melhores novelas das 6 que eu já vi e a melhor que esteve no ar ultimamente: A Vida Da Gente.


Novela das 6 é aquela coisa, né? Mamão com açúcar, “dramalhinho” romântico, uma carga leve de comédia... enfim, tudo aquilo que faz as nossas avós falarem “ah, mas essa novela é tão bonita! Aquele moço trabalha tão direitinho!” – pelo menos a minha, responsável por tudo o que eu sei sobre novelas das 6 e com quem eu assisto aos sábados desde sempre. Mas essa conseguiu fugir desse estereótipo caindo numa tentativa corajosa de trazer cotidiano envolto em uma trama bem amarrada – e exclusivamente trágica – prum horário com fórmula já estabelecida (basicamente a gaveta do Walcyr Carrasco). Outras já haviam tentado e fracassado sem piedade (porque a única garantia que existe na TV aberta é que novela das 8 dá audiência. De resto, é teste).

Todos os personagens eram críveis e esse era o maior trunfo da novela: as pessoas eram tão humanas e cada atitude era tão exacerbadamente explicada – inclusive na técnica mencionada pelo Nilson Xavier de utilizar personagens secundários como formas de justificar seus sentimentos – que a relação da Manu com o Rodrigo nunca foi severamente reprovada, pelo contrário. Tudo muda, todo mundo carrega histórias que compõem quem a gente se torna e o tempo, cantado pela novela toda e recitado no último capítulo pela Nicete Bruno, é o maior responsável pelos desencontros e pelas resoluções de tudo que parece meio bagunçado. Principalmente numa novela onde ele é o próprio vilão também. Não, a Eva não era vilã. Muito menos a Vitória ou o Jonas. São seres humanos comuns com quem a gente convive e muito.

Voltando à redenção, eu ficava absurdamente tocado toda vez que via Fernanda Vasconcelos nessa novela. A Ana fugia completamente da mocinha chata e chorosa que só se lamentava da vida. Ela sofria sim, mas foi lá, tentou (e conseguiu no fim) construir uma nova história, tentou recuperar a vida perdida antes, teve falhas, caiu e levantou e no fim teve mais apoio do que a segunda mocinha da Marjorie Estiano. Sempre gostei, por mais que não seja uma unanimidade. Mas aqui, mesmo sendo a ponta mais fragilizada, também deu seus berros, defendeu suas opções de vida, tentou (e também conseguiu) ser feliz. É até difícil entender quem sofreu mais, se a que perdeu 4 anos da vida em coma ou a que viu a sua sendo completamente desconstruída quando a outra saiu desse coma. No outro vértice, um cara bacana. Falho também, mas bacana. Frágil, como todos os personagens masculinos dessa novela, mas de uma sensibilidade emocionante que serviu inclusive de escada pra filha, um encanto!

No fim foi isso, um encanto. Aos personagens secundários cabem menos comentários, e talvez seja o ponto onde a autora precisa se aprimorar na hora de amarrar as histórias e explorar mais as possibilidades, mas em tempos de extremos no horário das 8 e torcidas enfurecidas de reality shows, nada como redescobrir o quanto a gente gosta de se ver retratado em novela e que, na tentativa de ser feliz, todo mundo comete uma porrada de erros e acertos.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Excepcionais, no melhor sentido da palavra


(Imagem extraída do filme "Colegas")

Hoje, 21 de Março, é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down. E é extremamente esperançoso ver a evolução da sociedade no tratamento a essas pessoas mais que especiais que se diferem por serem portadoras de uma deficiência mas que compensam qualquer dificuldade com lições diárias de amor, carinho, compreensão e superação.

Há quase 2 anos escrevi um post sobre um “Happy Hour” da Astrid Fontenelle, que teve como tema a inclusão de crianças com deficiência em escolas, onde o principal recado dado por mães e pedagogas que debatiam o tema era o de que inclusão começa dentro de casa. E os resultados que a boa-vontade em tratar as pessoas de forma igual só traz benefício. Hoje de manhã, no Bom Dia Brasil, uma reportagem mostrou a realização de duas meninas que chegaram à Universidade depois de muito esforço e apoio. Segundo a reportagem, educadores e pais de jovens com síndrome de Down acreditam que esse avanço deles na escola aconteceu principalmente graças à inclusão. Há pouco mais de dez anos, só 20% dos alunos com deficiência frequentavam turmas regulares. Hoje, 75% estão em escolas regulares.

Além disso, uma das iniciativas mais incríveis que eu já vi foi mostrada sábado no TV Xuxa. Podem falar o que for, mas poucas pessoas têm um tratamento tão humano, carinhoso e inclusivo com os portadores dessa deficiência quanto ela. Desde sempre. Com um programa inteiro dedicado à eles, um dos focos principais foi a divulgação de “Colegas”, primeiro filme brasileiro com o elenco principal formado somente por portadores da Síndrome de Down. Um roteiro incrível (3 amigos que fogem da Instituição onde vivem afim de realizar seus sonhos) e uma iniciativa corajosa, que refletem o tratamento que tanto o diretor do filme (que conviveu com um tio Down a vida inteira) quanto os pais desses jovens dão a esses atores. Vale a pena assistir tanto as entrevistas, quanto o trailer e o depoimento do diretor:



Quem quiser ver o programa inteiro, clique aqui e aqui também.

Com produção executiva de Otávio Mesquita, outro militante da causa que fez ainda uma reportagem sobre os bastidores da produção, o filme ainda não conseguiu ser lançado por falta de patrocínio para distribuição. O filme conta com um blog que conta toda a história e um canal no Facebook pra divulgar tudo o que está rolando.

E pra fechar, um dos atores principais do filme, Breno Viola, um judoca de 31 anos, lançou hoje em Brasília o portal Movimento Down, que tem como foco a inclusão social dos portadores da Síndrome e visa mostrar que incapacidade, definitivamente, não é mais um conceito que pode ser associado a essas pessoas. Capazes eles são, e muito. Principalmente de dar amor. Eu sempre acreditei que quem tem um filho excepcional em casa é porque recebeu um dom absurdo de especial de Deus. Cabe a quem não tem esse privilégio aprender a ser tolerante, porque respeito é a única coisa que eles querem. E, quem sabe assim, se deixar entender o que de fato tem valor na vida.

A vida é mais divertida quando a alma é feminina



No atraso que eu tô nesse blog (os textos que eu ainda tô devendo vêm, ainda que fora de hora, mais pra treino do que pra cumprir timing), só porque eu fiquei preso no escritório consegui ver “Louco Por Elas”, da nova leva de séries da Globo. E essa é deliciosa!

Eu sou fã do João Falcão desde sempre, na verdade. De “O Auto da Compadecida” (inquestionável) a “Clandestinos” (linguagem nova incrível em produção de TV que eu não sei por que não continuou), passando por “Fica Comigo Esta Noite” (que só eu vi), eu adoro tudo o que ele faz. “A Máquina” (também dele) está no meu Top 10 de filmes e tem uma das melhores frases de amor ever: “Você quer o mundo? Eu busco o mundo pra você” – dita num tom de ameaça passional numa história cheia de referências e num cenário bem regional. Por isso é bacana ver esse mesmo cara construindo uma comédia urbana despretensiosa e leve com só esse item em comum: a alma feminina.

Léo (Du Moscovis) é o típico macho desmistificado que já entendeu que não é provedor de nada sozinho e que, sem mulheres pra colocá-lo no prumo, ele é um bosta. Encantador, sim. Mas um bosta. E os defeitos que essa mudança no padrão das relações causa estão todos ali, numa facilidade de identificação que só faz quem está assistindo rir de canto de boca. O mesmo acontece com a personagem da Déborah Secco, que se coloca na posição “masculina” do (ex)casal, mas é frágil, dependente e quase histérica. E ainda tem a filha adolescente pra botar mais pilha naqueles que se vêm, pela primeira vez na vida, como espelhos tortos de alguém que tá buscando identidade.

Pra aliviar o que já seria uma comédia ótima, a melhor parte da série: o contraponto entre a velha hippie sequelada (a absurdamente incrível Glória Menezes) e a menina nerd, ultra-inteligente e sagaz que faz o papel da razão nessa casa que só não lembra mais a nossa porque a nossa Parati não é mais verde-limão. Eu ia chamar isso de inversão de papéis mas nem posso porque, particularmente, acho uma das maiores graças da minha família ter uma avó sarrista, de cabelo roxo, que canta sertanejo antigo e dança forró enquanto cozinha aos 90 anos (obviamente não tão caricata quanto essa) pra algumas pessoas que se levam a sério demais. E ser um pouco desconectado do mundo é uma opção de vida das melhores que estão tendo! Ah, destaque pra participação fofa (pra manter o comentário feminino) do Arlindo Lopes, par da Glória no teatro em “Ensina-me a Viver” onde ela fazia uma jovem de 80 e ele, um senhor de 19 - dirigidos pelo mesmo João Falcão.

A crise de idade de todo mundo no episódio de ontem (a inveja dos mais jovens e a constatação da própria idade dos mais velhos, com o personagem do Du racionalizando que precisa começar – COMEÇAR – a assumir os cabelos brancos) só faz de novo o que eu mais gosto na dramaturgia brasileira: fala de cotidiano e faz graça de si mesmo. Afinal de contas, com 10, 15, 40 ou 90, cada um tem que viver a idade que sente. No caso do protagonista, 22. No meu, 17. Mas com permissão pra beber.

Agora licença que eu vou ver o primeiro capítulo porque não tenho TV a cabo, mas já assinei a Globo.com! :)

R.I.P. BBB


(foto publicada pelo Cartas para Pi dizendo que, se o BBB acabou pra gente, Monique é campeã e Yuri é vice!)

Essa não foi nem de longe a primeira vez que eu disse que ia desistir de ver um BBB (alô, Dourado!), mas talvez seja a primeira que eu vá de fato cumprir. Monique saiu e o povo que ficou me dá tanto tédio que eu tenho medo de morrer em frente à televisão tendo uma vida inteira pela frente! E olha que eu já tenho aguentado Fina Estampa antes do programa, o que mostra muito o tamanho da minha preocupação.

Parágrafo destinado à função social da televisão: Mona foi eliminada por duas questões: 1) era Selva, e desde que Boninho e Bial forçaram descaradamente uma separação da casa entre bem e mal, foi constatada a incapacidade do público brasileiro de analisar as pessoas separadamente. Bom, não sejamos injustos: com a não rejeição a Yuri e Monique, descobrimos que o público é capaz sim (quase uma volta aos tempos de Dhomini) mas não são páreos para a turma das redes sociais que perdeu completamente a noção do que é importante, trocando “Máfias Douradas” por “Máfias Praieiras” como se disso dependesse a vida deles - ou a que eu espero ansiosamente que cresça logo e morra de vergonha de tudo o que registram na weird wide web; 2) pelo machismo de quem é incapaz de entender o que aconteceu com ela na primeira semana, ainda que ela tenha inocentado Daniel logo na saída. Mas as milhões de discussões na internet e o começo do discurso do Bial falando do falso moralismo do país do Carnaval já deram conta disso. E mudando brevemente de assunto, só que não, quem assistiu à entrevista da Palmirinha na Marília Gabriela logo na sequência no SBT e se chocou um pouco com a história de vida dela pode entender melhor aonde esse machismo podia levar num tempo não tão distante assim. Fim do parágrafo destinado à função social da televisão (porque se eu ainda for comentar a cena da Celeste permitindo que Baltazar voltasse pra casa na pior novela de todos os tempos, não chego a lugar nenhum, só pra variar).

Na verdade, Monique (e Laisa e Renata e Maria - Priscila, Milena, até mesmo Leka) representa uma leva de mulheres que não tem mais que pedir desculpas. E eu acho isso foda de bom. Me choca que isso ainda seja visto como transgressor, mas vá lá. Os tempos mudaram rápido demais talvez.

Sobre ser da Selva, quando falo do problema em analisar os participantes separadamente é porque, convenhamos, a Selva acabou no dia em que o Rafa pegou a Renata, ambos de caráter duvidoso. A tal “questão de honra” poderia ter caído por terra aí ao invés de terem eliminado gente de verdade que de fato movimentava a casa em detrimento a uma deslumbrada, falsa moralista e sequelada pelo excesso de laquê na franja, uma samambaia que agora acha que o batom da Monique combina com o tom de pele dela (gata, não combina com a de ninguém), um narcisista que mede cada palavra e soa mais artificial que a senhora do laquê e um hômi “simples, humilde e de bom coração” que carrega toda sua humildade no próprio discurso.

Sorte teve JC que saiu ontem antes que morresse de tédio junto com o Bial e Boninho, que estão tendo que criar factóides baseados numa hóspede espanhola (ela pode ganhar?) antes que o programa dê traço por falta de conteúdo.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Esse post tá tão chato que não vou nem divulgar



Acho que a coisa que mais me incomoda nesse BBB é que, pela primeira vez, em 12 edições, eu cheguei nesse ponto sem ter agarrado amor em ninguém, porque eu acho todo mundo um bando de bosta (menos Monique que tá lá, primeirinha da fila pra ganhar amor logo logo). Mas é porque as coisas estão demorando pra engrenar e as pessoas tem inteligência emocional (e a propriamente dita) quase zero. Eu tinha listado 3 protagonistas no último post. Já mudou tudo.

Agora os protagonistas da edição são claramente Laisa, Yuri e Jonas. Laisa saiu ontem, o que é uma pena pro programa porque ela é tão cara-de-pau e tão dissimulada, que merecia ficar até o final e sair em quarto lugar, não ganhando nada, ao contrário de JC que só irrita a cada dia com esse beiço de cu desesperado por Clariderm dele (desculpa, gente, sou meio baixo às vezes). Yuri só é protagonista por causa de Laisa e por ser o melhor retrato de um banana já posto no programa (mais que Marcão do BBB 8 e Eliéser do BBB 10), só que ainda assim é o líder da Selva, impressionantemente. E Jonas porque resolveu tomar rédea de um grupo que foi ali só pra tomar sol. Mas mal sabe ele (ou talvez saiba) que tudo o que ele for fazer só vai dar o prêmio pro Fael. Se ele conseguir um segundo lugar, tá ótimo! E o Rafa, que tinha tudo pra continuar sendo um dos protagonistas, tá um falso patológico, se perdendo nesse jeito "estou constantemente dando lição de moral" de falar e não deu conta de segurar nem Laisa, com quem tinha muito o que aprender. Na verdade me irrita muito essa postura de inalcançável dele e o tanto que todo mundo idolatra o cara, por isso sonho com o dia em que ele sair com 99% de rejeição. E ainda por cima o cara deu mais uma melada (no sentido que quiserem entender) na reputação da Renata, a insaciável.

E eu continuo achando o didatismo do Bial vergonhoso, bem como esse quê de parcialidade: tipos que tudo bem falar no programa de terça que Fabi e Kelly não votam conforme o combinado, como também tudo bem ignorar as mudanças de lado da Laisa. As historinhas que eles montam pra boi dormir fez os bois terem que tomar Rivotril e os discursos de eliminação tão cada vez menos inspirados, porque nem Bial se empolga mais. Quer saber? Chama logo a Ivete e acaba com esta merda domingo, vai? Sim, domingo porque já é dia morto e nos poupa do constrangimento daquela brincadeirinha da discórdia na segunda-feira e nos libera pra ver Mulheres Ricas em paz.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

É o que tem pra hoje



Mano, finalmente tá ficando bom. Quer dizer, “bom” bom não tá, mas pelo menos dá pra continuar assistindo. O ruim é ter que assistir com um distanciamento que eu, Mario, desconheço quando se trata de reality show e novela, que pra mim é a mesma coisa (com a diferença que se eu encontrar algum dos personagens por quem eu agarrei ódio na rua, faço igual à chamada do BBB passado com o Alberto).


Eu torço, levanto bandeira, twitto que amo/odeio fulano/beltrana, já chorei em final, já bati palma em eliminação e até me peguei votando por SMS uma ou duas (tá, acho que umas 5) vezes, mas sempre tive por quem torcer (ainda que nem sempre pelo óbvio): no BBB 1 eu amava a Leka, ganhou Bambam; no 2 eu só odiava a Cida, por isso qualquer outro que ganhasse era indiferente pra mim; no 3 fui do ódio ao amor pelo Dhomini, no 4 eu torci pela Juliana mas foi a vez dos pobrinhos e no 5 fui Jean com emoção (ai, o paredão dele com a Pink...). No 6 eu emburreci, no 7 era Alemão desde criancinha e no 8, de novo, eu só odiava o Dr. Marcelo. No 9 me revoltei quando o bolha do Max ganhou da Priscila (ele tá escrevendo livro de auto-ajuda, TÁ?) e no 10 fiz campanha ferrenha contra o Dourado, mas consegui enxergar (algum, bem pouco) valor na sua vitória. Mais pela excelência do programa e pela forma como o Bial conduz a coisa do que pelo próprio.


No 11 eu escrevi sobre BBB pela primeira vez e foi quando a escolha dos participantes começou a me incomodar de fato. Mas me apeguei à Maria e ela ganhou. Final feliz. Aí me chega o 12 e eu simplesmente quero que todo mundo se exploda! Tipo tudo junto! Pra se ter uma noção, hoje me bateu muita saudade da Casa dos Artistas 2. Acho que isso diz muito sobre mim e sobre o jeito que eu gosto de reality show, hehe!


Mas porque que eu quero que todo mundo se exploda: basicamente a casa agora tem 3 protagonistas: Fabi, Rafa e Laisa. Fabi é uma insuportável que gritou 3 vezes que a voz do povo é a voz de Deus depois que ganhou do Ronaldo, o que pra mim já vale como passaporte da alegria pro próximo paredão com direito a Noites do Terror. Rafa, que era um dos meus preferidos, é um puta dum escroto. Um remendo de Dr. Marcelo mais controlado e menos assustador, resolveu liderar a Selva (porque é certeza que a bomba que o Yuri tomava mexia com os hormônios dele, porque quanto mais murcha, mais chora) e é o único com foco pra ser vilão. Mas é pastelão e ficou cabreiro com a última eliminação, mesmo não tendo, obviamente, tutano pra ler o jogo. E Laisa resolveu brincar de João Carvalho e não ter lado muito definido –ele a gente entende, porque tá muito velho pra entrar em briguinha, então cozinha, faz uma fofoca, abraça aqui, bufa ali e tá ótimo. É o que se espera de uma bicha velha, afinal de contas. Sobre ela não tenho opinião formada, a não ser a de que pode ser um personagem interessante (apesar de ter morrido pra mim depois que votou na Mayara). O restante serve de massa de manobra pra quem tiver a melhor lábia – Renata acata o que falarem pra ela, João Maurício continua um chato, Jonas continua um lindo e Kelly continua a mais esperta dessa edição, porque não tem função, então é bem capaz de repetir a final Carol e Alemão com Fael, que deve ganhar por osmose. Só Monique que eu ainda amo. É super de verdade! E tem um lado bem definido, mas não deixa de ser agradável, ou seja, cumpre o papel de jogadora mas me diverte. Mas certeza que o Brasil não premia duas Marias na sequência...


E aí é que tá. O jogo finalmente começou e eu, apesar de continuar assistindo, fico puto por ter finalmente entrado na inércia depois de 12 edições enquanto eles lá dentro continuam entendendo picas de como tudo funciona. Juro, se o Boninho quiser manipular até a mãe e criar umas histórias do além, eu vou achar até bom. Pelo menos distrai a gente.


Update: e enquanto eu escrevia esse texto sem PPV em casa, a Renata, a ninfozinha da Estrela, se aproveitou que Ronaldo se fué e pegou o Jonas de novo! E Monique tá puta, com razão! Chupa, Rafa! Do que adianta querer desestabilizar uma casa de piranhas sendo feio desse jeito? Aprende com quem sabe usar seus atributos! Palmas pro Jonas! Hahahahahaha!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

"Tá gostando? Afff..."


Frase de João Carvalho para Renata, quando ela ainda estava sofrendo pelo Jonas

Era uma vez um gênio da televisão mundial que criou um reality show que consistia em confinar pessoas desconhecidas dentro de uma casa, eliminando uma por semana de acordo com a indicação dos companheiros e votação popular até que o último ganhasse uma boa quantia em dinheiro. A novidade chegou ao Brasil com o nome de Casa dos Artistas, reunindo a nata das subcelebridades brasileiras e dando o prêmio a uma, até então, desconhecida Bárbara Paz. A Globo, detentora dos direitos do formato original mas que não curtia muito se arriscar, aproveitou do sucesso do seu Sílvio (capa da Veja com o próprio e tudo) e fez sua versão com desconhecidos chamada Big Brother Brasil. Dinâmico, inteligente, com participantes interessantes, barraqueiros, apaixonantes, conflitantes, etc. 10 anos depois, resolveram botar uma edição da Malhação dentro da casa mais vigiada do Brasil. A diferenca é que, no lugar do Professor Pasqualete, é uma cacura com olheiras do William Waack e voz da Leda Nagle.


Só que, assim como na novelinha teen, a direção da atração percebeu que não adiantava deixar todo mundo só na academia o dia todo porque não convencia, então transformaram o instrutor Bial na professora Helena do Carrossel que agora só falta fazer filinha indiana cantando “Marcha Soldado” até chegar no quintal pras provas (sempre de resistência – a nossa) e explica cada passo deles como se fosse o professor Tibúrcio do Rá-Tim-Bum, só que com beeem menos talento.

Resumindo os acontecimentos até agora: Analice foi INEXPLICAVELMENTE eliminada por Jegueline; Daniel foi justamente eliminado com suspeita de ter abusado de Monique; Jegueline, graças a Deus, foi eliminada na sequência antes que causasse um suicídio coletivo nos demais participantes e, por fim, eliminaram a Mayara, a pessoa mais interessante, bacana, divertida, nerd que dançava funk até o chão, sai fora dos padrões de beleza como todo mundo que perde um sábado à noite em casa pra acompanhar festa do reality show (porque, né? Só pode) e odeia Claudia Leitte como todo mundo que comenta esta merda na internet (onde de fato aconteceram coisas relevantes nessa edição).

Como Boninho insiste em só lotar a casa de modelo-manequim-atriz-apresentadora-passista-revendedora-Jequiti-astro-de-webcam, se as provas não fossem de resistência, ninguém sairia do lugar. E prum povo que não faz picas o dia inteiro, eles aguentam bem lá e quem se fode é a gente com dois dias de programa com o mesmo conteúdo. Professora Helena Bial, precisando correr com a matéria, desandou a desenhar o que ele gostaria que acreditássemos ser o organograma da casa, com vilões, mocinhos, etc. O próprio já fodeu a bagaça quando criticou o voto em grupo fazendo o banana do Rafa trocar o dele no último minuto. Quero só ver agora que as coisas não vão caminhar como (o que eles tentaram empurrar goela abaixo) foi o BBB 7 (o do Alemão).

O tal quarto Selva, onde tá a turma malvada do tio Bial se desfez por questões simples: Monique pegou Jonas e partiu com a periquita em chamas pro quarto Praia (vergonha dos nomes/temas). Certa ela. Laisa não aguenta mais o chato do Yuri (uma pena, porque era um casal incrível, até então, mas ele perdeu a mão) e agora tá de trelelê com as viúvas de Jegueline. Rafa tá puto por Monique ter resolvido viver a vida ao invés de esperar por ele e já tá querendo causar, além de ter perdido pontos com a tal troca do voto. O casal recalque Renata e Ronaldo (este por ela e ela por Jonas – ou alguém acha que ela estaria fazendo tanta questão de pegar o Zina branco se não tivesse sido rejeitada pelo 21cm?) segue coadjuvando. João Carvalho continua em cima do muro só pra não admitir que já escolheu lado e João Maurício... pelamordedeus, alguém cala a boca desse Raj atropelado com nariz de pênis?

E aí, como Mayara saiu, sobra Fael, o provável vencedor dessa edição – os números de ontem não são de rejeição a ela, mas de aprovação a ele.


Eu não tinha muita opinião a respeito desse ser humano a não ser que ele deveria ser proibido de andar de cueca pela casa (ao contrário de Jonas e Yuri), mas meu pai (outro que me acompanha nesse vício péssimo) definiu direitinho: ele é um Bambam menos burro, um Rodrigo mais caipira, um Dhomini menos malandro, um Alemão menos carismático (na tentativa de parecer bom moço) e um Rafinha menos descolado. E, na boa? Pra ver remendo, eu fico com a novela das 8.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

"Obrigada, Brasil!"



Começou o Big Brother Brasil, o intervalo entre o Ano Novo e o Carnaval fica mais suportável (pra não parecer tão animado, já que a cada ano aumenta mais a patrulha de quem acha que a vida é ler Bukowsy 24 horas por dia – mas que ama uma novelinha e vê Zorra Total escondido que eu sei) e eu tentei um monte fazer uma introdução pra esse texto, mas o programa é sempre o mesmo e o texto já tá meio grande, então vamos logo ao relato do primeiro episódio dessa nave looooooooouca (GASP!)


Na verdade não há muito o que falar do episódio. Bial tá cada ano mais vergonhoso com suas metáforas e as tentativas de constranger os participantes logo de cara. Vinícius Valverde continua insuportável e agora com uma feature nova (além do olho de vidro): um penteado de quem tenta esconder a calvície puxando o cabelo pra direita e ainda arrematou com Instant Hair Plus just in case. A Turma da Moranguinho explodiu dentro da casa e os coreógrafos do finado “Fama” finalmente arrumaram um novo emprego na Globo, além de julgar a Dança dos Famosos, e agora obrigam os participantes a se constrangerem nos vídeos de apresentação. Isso sem falar na abertura que mesclou um novo conceito de ~modernidade~ com imagens dos participantes imitando as dançarinas do Faustão durante as Vídeocassetadas.

Aliás, vamos a eles, no melhor estilo “nunca te vi, sempre te odiei” de ser:
Laisa: Usa batom snob. Chama Bial de Pedro. Playboy de março (ou Sexy, se for muito bagaceira).
Ronaldo: entrou no lugar do desistente que tem práticas obscuras desconhecidas. Ainda tô na dúvida se é bonito ou feio e talvez tenha sido o que mais se autoconstrangeu no vídeo.
Fabiana: mistura de Irislene (BBB7) e Cida (BBB2), fez “sou praieira, sou guerreira” com os braços no caminho todo do hotel pro Projac, grita muito e ainda usa cabelo de mocréia jogado pro lado.
João Maurício: me faz pensar se não saí muito cedo do MS... Hahahahaha!
Mayara: a típica blogueira que vira analista sênior de mídias sociais (ou gerente, se tiver mais de 2.000 seguidores no Twitter).
João Carvalho: pra mim ele é um misto de Sargente Pincel e Dicésar com alargadores e olheiras do William Waack. E prefere o Ecléticos ao Bailão só pra chocar.
Renata: terminou com o namorado (típico babaca que disse querer vê-la pegando outras meninas) mas esquecer de fazer clareamento no dente. Playboy de aniversário em agosto.
Jonas: ao contrário de Renata, tem os dentes tão brancos quanto os da Xuxa e, se não bancar o escroto como o Rodrigão no BBB11, pode até ser burro que eu não ligo.
Kelly: na mesma categoria do Ronaldo onde eu ainda não sei se é bonita ou meio torta. É um misto de Ariadna (BBB11), Lia “Olha no meu olho” (BBB10) bronzeada e Natália “Iracema” (BBB7). Ou seja, virada na referência.
Yuri: não pinta o cabelo de acaju como parecia na foto de perfil. Talvez tenha língua presa. Certamente é talentoso em frente às câmeras. E não, não tô falando do programa.
Jakeline: não bastasse ser a cara da Rita, a chorona do BBB2, chorou na primeira meia hora de saudade do seu galo, com quem deve ter aprendido a ser esse poço de sensualidade. E marcou 8 pontos na escala Anamara de voz irritante.
Rafa: parece o Didi Mocó assustado quando ri. Depois de um baseado. E da feijoada após o baseado.

E como não podia deixar de ser, chegou a hora de apresentar ao telespectador a gente diferenciada, aka os representantes das cotas:
Analice (cota de gordos): Fabiana Karla sadomasô.
Daniel (cota de negros): tive que olhar no site pra ver o nome. Valoriza muito o cabelo de xaxim e colaborou com o que poderia ter sido uma tentativa de discursinho bonitinho péssimo do Bial.
Monique (cota de putas): faz coração com a mão, passa linguinha no lábio, se define como maria-chuteira. Tô achando que o Emílio mandou umas reprovadas no teste pra Panicat pro Boninho.
Fael (cota de cowboys – precisava mesmo?): ao contrário do João Maurício, me faz pensar que ainda bem que eu saí do MS à tempo! Hahahaha! E, se o Rafa curtir um sertanejo universitário e eles virarem amigos, vão protagonizar a pior novelinha by Maurício Ricardo já exibida no horário.

Por enquanto, eu só espero do fundo do coração que a produção coloque Minâncora à venda na feira semanal porque a pele desse povo tá pior que a minha (ou a Globo passou a usar os filtros do SBT). Além disso, ainda não há mais nada que esperar. A não ser que uma boa alma me doe um PPV! :)