terça-feira, 9 de outubro de 2012

"Eu nem peguei minha bolsa!"


PELAMORDEDEUS, o que foi o capítulo de ontem de Avenida Brasil??? Sem dúvida, o que eu mais amo na Carminha é ela ser uma vilã tipicamente brasileira. Tenta fazer a fina mesmo tendo espírito brega, não sente culpa em se divertir e tá sempre dando jeitinho. Mas quando o bicho pega e ela se sente acuada, não agüenta e sai distribuindo verdades pra todo lado! Porque ontem a nossa musa só falou verdades. O que não a livrou dos tapas que a gente ama tanto.

Enfim, vamos ao texto: essa novela parece não seguir a menor regra, mas no fim até que tudo faz sentido: foi de tirar o fôlego até o capítulo 100, depois seguiu-se uma semana de tortura na Carms pro nosso bel-prazer até que a gente entendeu que a Nina, apesar de esforçada, não tem vocação pra se vingar. Aí, quando a mocinha se vê toda cagada, com o elenco inteiro desconfiando  dela e tendo que se casar num lixão por uma mãe Lucinda com um fascinator que faria Lady Gaga chorar de desgosto (ou arrependimento), a novela fica tão morna quanto a existência sem sentido da Nina.

Mas JEC não havia de nos decepcionar e logo veio a melhor parte: Max, o vilão coadjuvante com Q.I. de avestruz, apertando o botão do foda-se e fazendo o que a Nina não conseguiu a novela inteira por não estar familiarizada com os avanços da internet móvel, das redes sociais (apesar de ter conhecido Ivana no Orkut) e da possibilidade de guardar seus arquivos na nuvem (ou num pen-drive que fosse). Claro que tudo isso motivado pela conclusão do que foi a cena mais tocante da novela até aquele momento: Carminha tentando matá-lo depois de demonstrar pro público que naquele peito vadio bate um coração. Isso sem falar da banana que ele mandou pra família em homenagem ao Marco Aurélio de Vale Tudo.

E o que se segue é um capítulo incrível que deu à Globo a maior audiência do ano na TV! E começando com um texto brilhante, desde a hora que Carms explode dizendo que a maior verdade era que tinha perdido os melhores anos da vida naquele subúrbio de quinta com aquela família cafona até o momento em que é jogada pra fora da mansão e só consegue pronunciar a mais profunda frase: “Eu nem peguei minha bolsa!”

Não vou comentar os outros núcleos da novela porque eles não contribuíram em nada pra isso. Ao contrário de Adauto, responsável pela próxima cena mais tocante da novela quando sai da mansão chorando porque tomou uns galhos da vaca (essa sim!) da Muricy. Eu já disse e repito: acho que sei como seguir a vida quando Avenida Brasil acabar, mas não sei o que farei sem Adauto (porque Zezé eu já tenho a minha). Eu tipo trocaria todos os figurantes por Adauto: ele faz a gente rir como o núcleo Cadinho deveria fazer, tira a camisa como os atletas do Divino, tem amor puro como o de Darkson por Tessália, e Suellen... bom, Suellen hoje cumpre a mesma função de Cadinho: nos lembrar que é hora do xixi. Talvez mantivesse só Olenka, porque ele merece uma mulher que se dedique.

Mas voltando à Carms, essas duas últimas semanas fecham uma história que só existiu por causa dela: ela transformou a família Tufão no que eles viraram e agora eles vão ter que reagir à tudo o que ela vomitou na cara de cada um ontem. E enquanto eu torço pra que a Monalisa dê mais uma surra bem dada nela, dessa vez sem a interferência daquele padre com cara de Trakinas assustada, vou planejando minhas próximas férias no Divino antes que a abstinência chegue.

Um comentário:

Anônimo disse...

Por que um FDP que escreve tão bem demora tanto tempo para nos brindar com esses textos?

Regularidade a este blog JÁ!!!!