terça-feira, 23 de outubro de 2012

Sinopse de "Salve Jorge" (ou refogado de Glória Perez)


Como eu não tenho muita paciência pra Glória Perez, vamos direto ao ponto: era uma vez um zoiudo amante do Crô que, depois de não ter sido preso por bater na Solineuza, foi embora ficar rico num outro núcleo, mas não sem antes fazer a pobre coitada de empregada, afinal, ela precisava sustentar uma filha canastrona que achava o cabelo da Ivana o máximo e que não tinha lá muito bom gosto pra homem, já que teve um filho com o mendigo de Curitiba.

No meio desse rolo todo, o zouido ainda teve tempo de casar com a Jade, que resolveu voltar pro Brasil e trabalhar como delegada de polícia (vaga deixada pela Lúcia Veríssimo quando embarangou) trazendo todo o frescor de sua jovialidade prum ambiente tão masculino, tanto que a gente não fazia idéia que ela  já tinha uns 45 anos! Só Thammy que ainda resiste às dicas de Jade, mas serve como ótimo guarda-costas. Só nos ligamos da idade de Jade quando fomos apresentados à sua filha que, depois de ser vilã em Malhação e namorar um NX Zero, achou que não havia sido rebelde o suficiente e resolveu marcar casamento na Turquia com um Zé Mané com californianas nos cabelos. E, como não poderia deixar de ser, correu se hospedar na casa do Antônio Calloni, sucessor do Tony Ramos em papéis estrangeiros idênticos.

Turquia essa que é o sonho de consumo do Raj, que também voltou do Brasil depois que a mulher dele virou biscate numa novela mais tarde que permite uma putariazinha extra e virou devoto de São Jorge da Capadócia, lugar que tem balão a dar com pau. Agora ele dedica sua vida ao hipismo e compõe o núcleo fetichista de fardados da Glória, junto com Murilo Rosa, Sidney Sampaio e o filho da Torloni. Todos capitaneados por Oscar Magrini, o Ralf. Praticamente um Clube das Mulheres monotemático.

Raj, nessas de querer parecer um herói nacional, incorporou um jeito todo Tarcísio Meira de declamar suas falas e tem um relacionamento bem limpinho com Flávia Alessandra, que entra na novela de enfeite só  pra garantir que seu marido, Otaviano Cotas, garanta o leitinho das crianças interpretando o puxa-saco do zoiudo. O que Flavinha não sabe é que Raj se engraçou com a filha da Solineuza quando ela resolveu dar um piti de mãe boa no meio do desfile de 7 de setembro e o desacatou enquanto autoridade (aliás, belíssimo gancho pro segundo capítulo, Glória! E eu com medo de você não conseguir superar Genésio atropelado...).

Só que, como todo bom folhetim, o amor que surge no começo da história entre o casal de mocinhos só pode se concretizar no final. E pra impedir que ele vingue logo de cara, entra a Donatela pra iludir a filha da Solineuza lhe propondo um EMPREGO incrível na ESPANHA pra ganhar EM DÓLAR na companhia da CAROLINA DIECKMANN, da EX-MORENA DO É O TCHAN  e de um CLONE DA DANIELA ALBUQUERQUE. Juro que eu não sei como ela não desconfiou em nenhum momento. Vai ver rolou uma identificação com o penteado da Totia Meireles.

Agora é esperar pra ver como isso vai se desenrolar. Mas, pra quem não tiver paciência, já adianto algumas coisas que são de conhecimento popular: em pouquíssimo tempo seremos todos fluentes em interjeições turcas, sairemos dançando uma dança estranha pela sala como se isso fosse a coisa mais normal do mundo, ficaremos surdos com os berros de Neusa Borges, disléxicos tentando entender a dicção do Mussunzinho e com dó do Angu do Gomes que só faz comerciante (também, gente, vamos fechar o botão dessa camisa e cortar esse cabelo?), vamos dar graças a Deus que Eri Johnson não foi escalado e lamentar que Bruna Marquezine foi.

Eu me dei como prazo máximo pra me apegar a essa novela o dia em que aparecerem Vera Fischer e Narjara Turetta, porque ambas merecem ser prestigiadas (Thammy, a terceira razão, já apareceu e já é minha candidata ao Troféu Imprensa de Revelação do Ano pra 2013). A partir desse momento, só me restará lamentar não ter conhecido a Turquia antes que a Glória pirasse com o advento da Capadócia no Instagram, atrás hoje somente de pratos de comida e gatos.

Tchau Tchau Tchau


Carms, você foi tão importante na minha vida duante esses meses que eu mal fui capaz de escrever alguma coisa de qualidade nesse humilde blog sem me derramar de amor e comprometer a imparcialidade (COF!) do texto. É por isso que quero me despedir oficialmente.

Olha, eu sempre te amei. Mesmo quando achava que você era só a bruxa da Branca de Neve sem coração. A chegada do seu pai Albieri só explicou pra gente que você é o tipo de vilão com razão de ser, o único que eu respeito (Lucinho, seu comparsa, que é só um bunda mole que nem pra ser vilão serve, por exemplo, eu não respeito. Mas super te entendo, gata!). Por isso que não me surpreendeu nem um pouco você ter salvo a Nina e o Corno, dando um tiro no pé bom daquele Dr. Chapatin do mundo bizarro. E olha, nem fiquei puto que ele não tenha aparecido mais porque já não aguentava mais ele distribuindo perdigotos pra todo lado com a dentadura da Laura Cardoso.

Mas em nome desse amor eu queria te dar uma dica: você passou 12 anos carregando uma Michael Kors pra cima e pra baixo, cheia das jóias e virada nos tons claros. Eu sei que o lixão não permite muito apego pela moda e que você teve até que improvisar um banho de creme no cabelo com saco de plástico amarrado na cabeça, mas não usa mais meião de jogador de futebol, não... Deprê, sabe?

E, por fim, só pra te atualizar do que tá rolando no Divino, o Cadinho oficializou a suruba em praça pública mas até agora não deixaram o Roni dar uns catos em público no Leandro, ou seja, se já não dá mais pra bancar a pose de defensora da família brasileira, melhor ficar pelo lixão mesmo. Até porque sua família cafona aumentou de tamanho e a Muricy continua lá. Você não merece isso...

É isso, Carms. Fica bem, atualiza a antitetânica, vai visitar a Ágatha de vez em quando, pelo menos pra roubar o lanche dela, e me espera aí nas minhas próximas férias que a gente vai super se jogar no baile Charm!

Bjo,
Mario. 





PS: e só pra não passar em branco, gostaria ainda de usar esse espaço pra declarar meu amor eterno, amor verdadeiro por Nilo, Zezé, Adauto, Verô, Darkson e Betty Faria. É Divinooooo, lááá laiááááá...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

"Eu nem peguei minha bolsa!"


PELAMORDEDEUS, o que foi o capítulo de ontem de Avenida Brasil??? Sem dúvida, o que eu mais amo na Carminha é ela ser uma vilã tipicamente brasileira. Tenta fazer a fina mesmo tendo espírito brega, não sente culpa em se divertir e tá sempre dando jeitinho. Mas quando o bicho pega e ela se sente acuada, não agüenta e sai distribuindo verdades pra todo lado! Porque ontem a nossa musa só falou verdades. O que não a livrou dos tapas que a gente ama tanto.

Enfim, vamos ao texto: essa novela parece não seguir a menor regra, mas no fim até que tudo faz sentido: foi de tirar o fôlego até o capítulo 100, depois seguiu-se uma semana de tortura na Carms pro nosso bel-prazer até que a gente entendeu que a Nina, apesar de esforçada, não tem vocação pra se vingar. Aí, quando a mocinha se vê toda cagada, com o elenco inteiro desconfiando  dela e tendo que se casar num lixão por uma mãe Lucinda com um fascinator que faria Lady Gaga chorar de desgosto (ou arrependimento), a novela fica tão morna quanto a existência sem sentido da Nina.

Mas JEC não havia de nos decepcionar e logo veio a melhor parte: Max, o vilão coadjuvante com Q.I. de avestruz, apertando o botão do foda-se e fazendo o que a Nina não conseguiu a novela inteira por não estar familiarizada com os avanços da internet móvel, das redes sociais (apesar de ter conhecido Ivana no Orkut) e da possibilidade de guardar seus arquivos na nuvem (ou num pen-drive que fosse). Claro que tudo isso motivado pela conclusão do que foi a cena mais tocante da novela até aquele momento: Carminha tentando matá-lo depois de demonstrar pro público que naquele peito vadio bate um coração. Isso sem falar da banana que ele mandou pra família em homenagem ao Marco Aurélio de Vale Tudo.

E o que se segue é um capítulo incrível que deu à Globo a maior audiência do ano na TV! E começando com um texto brilhante, desde a hora que Carms explode dizendo que a maior verdade era que tinha perdido os melhores anos da vida naquele subúrbio de quinta com aquela família cafona até o momento em que é jogada pra fora da mansão e só consegue pronunciar a mais profunda frase: “Eu nem peguei minha bolsa!”

Não vou comentar os outros núcleos da novela porque eles não contribuíram em nada pra isso. Ao contrário de Adauto, responsável pela próxima cena mais tocante da novela quando sai da mansão chorando porque tomou uns galhos da vaca (essa sim!) da Muricy. Eu já disse e repito: acho que sei como seguir a vida quando Avenida Brasil acabar, mas não sei o que farei sem Adauto (porque Zezé eu já tenho a minha). Eu tipo trocaria todos os figurantes por Adauto: ele faz a gente rir como o núcleo Cadinho deveria fazer, tira a camisa como os atletas do Divino, tem amor puro como o de Darkson por Tessália, e Suellen... bom, Suellen hoje cumpre a mesma função de Cadinho: nos lembrar que é hora do xixi. Talvez mantivesse só Olenka, porque ele merece uma mulher que se dedique.

Mas voltando à Carms, essas duas últimas semanas fecham uma história que só existiu por causa dela: ela transformou a família Tufão no que eles viraram e agora eles vão ter que reagir à tudo o que ela vomitou na cara de cada um ontem. E enquanto eu torço pra que a Monalisa dê mais uma surra bem dada nela, dessa vez sem a interferência daquele padre com cara de Trakinas assustada, vou planejando minhas próximas férias no Divino antes que a abstinência chegue.