quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Angelical Touch, ops, "As Cariocas"



Se a intenção do Daniel Filho era homenagear as atrizes que escalou para “As Cariocas”, trabalho aparentemente bem feito. Eu disse aparentemente. É que, até pra mim, que tenho uma tolerância bem grande à quase tudo que passa na televisão e fecho os olhos pra bizarrices dramatúrgicas, tava puxado. Sem histórias consistentes, abusando de participações especiais desnecessárias e com protagonistas um tanto quanto forçadas, “As Cariocas” foi quase difícil de se acompanhar (tanto que perdi alguns sem nenhum peso na consciência).


Abertura bacana (mesmo com Angélica desfilando como se tivesse num bailinho de garagem aos 11 anos e Sônia Braga fazendo mais caras do que o botox permite – É UM MILAGRE!) e musiquinha chiclete (não tô reclamando aqui), cenários bem explorados do Rio, iluminação ótima, produção perfzzzzzzzzzz… Ok, who cares.


Às estrelas:
Alinne Moraes é linda, os truques de roupa e cabelo pras personalidades que ela assumia diante de cada homem deram um brilhinho pro episódio e ela tava impecável mesmo. Estreamos bem. Adriana Esteves nasceu pra fazer televisão. É multifacetada, engraçada na medida, emocionante além dela e Ailton Graça é impagável. Paola Oliveira surpreende e esse foi um dos meus preferidos (pra falar bem a verdade, acho que preciso rever o início do post, porque parece que eu gostei…). Fernanda Torres deu pra só fazer a Vani, cara… Eu AMO Fernanda Torres, mas não apela, né, Daniel? Cintia Rosa, que eu não sabia quem era até ontem, é beeeeem fraquinha, mas tem corpão. Acho que era isso que o personagem pedia. E Du Moscovis tava bem mal aproveitado. Sônia Braga foi VEXATÓRIO. Eu posso levar lampadada na cara no meio da Avenida Paulista, mas quem foi que disse pra ela que ela sabe atuar??? Eu até revi as participações no Sex And The City esses tempos e descobri que a única cena ótima foi a da quebradeira na casa da Samantha. Mas já me falaram que fazer cena de loucura é lição número 1 no Indac (bom, ainda bem que não revi o começo do post). Melhor parte: Regina Duarte véia safada. Sensa. Grazzi Massafera é ótima. Me esculachem de novo, mas acho Grazzi a presidente do clube das esforçadas. Até abafei a Deodora de “Tempos Modernos” pra não manchar a imagem dela na minha cabeça. E ao invés de comentar a participação do D2 aqui, vou comentar a da Carla Daniel, filha do diretor, que eu gosto desde que cantava em “Bebê a Bordo” (só eu lembro). Ela podia se cuidar e virar alguém na TV, né? Alessandra Negrini e Déborah Secco eu pulei por pura preguiça e fechei ontem com Angélica.

Parágrafo à parte pra Angélica:

Como eu tô aqui pra me expôr mesmo, eu confesso que adoro Angélica atuando. Não, não desde “Os Trapalhões na Terra dos Monstros”, mas desde “Caça-Talentos”. Ela é engraçada, tem um timming ótimo e se joga de verdade! Toda vez que eu vejo Angélica atuando dou um sorrisinho de canto de boca pra ninguém perceber. E ontem não podia ser diferente: no episódio mais sem história bem contada de todos, com o Luciano Huck cagando na participação especial desnecessária, ainda que otimamente compensado por Luiz Miranda como a trava Margarete (nome que cai como uma luva) e Rosi Campos sempre hilária, Angélica foi ótima! Claro que a credibilidade de colocar a, pra mim eterna, apresentadora adolescente com cabelo de poodle que andou de moto pra fazer uma dona-de-casa de classe média que quer se vingar do marido traidor dando pro primeiro que aparecer tava no limbo, mas a cena de louca (ela não é atriz, portanto, pode!), as caras e bocas e o desengonçamento foram impagáveis!

Olha, não vou comprar em DVD (o dos Trapalhões eu tenho!), mas vou continuar dando sorrisinhos quando Angélica aparecer em alguma ponta. E chorar de desgosto se continuarem tratando o Fagundes como um retardado só porque embarangou, como no episódio da Sônia. Até Marlon Brando mereceu destino melhor!


É… a reprise de Vale Tudo tá FODENDO com o meu nível de comparação pra dramaturgia em 2010…

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

"Penso me come tchato" - uma homenagem à Susana Vieira



Era uma vez, no fantástico mundo da TV Globo, uma atriz dita do alto escalão, sempre cotada para viver vilãs loiras más e donas de casa imigrantes. Essa atriz, que sempre teve uma dificuldade enorme pra chorar naturalmente mas que tem um alcance vocal no grito que só perde para sua antagonista em 80% dos trabalhos feitos, Regina Duarte, empresta a seus personagens uma de suas características principais: a noção bem particular de poder. Porque, vamos combinar, Susana Vieira não poderia, mas ela faz tudo como se pudesse. E enquanto não virou a Dercy, o povo até que fazia o compreensivo, mas vamos chegar lá.


Ela, nascida Sônia, começou roubando o nome da irmã pra atuar na TV. E pra provar que a noção de poder é de família, mas que só a Susana cover nasceu virada pra lua da compreensão, só me lembro da Susana original já com mais de 50 anos fazendo uma participação em “Hilda Furacão” como uma artista que pintava igrejas e mexia com a libido dos homens de Santana dos Ferros por usar calça de couro justa enquanto as beatas usavam vestidos (nem cabe um “oi?” aqui porque a sensação do núcleo interiorano da minissérie era a finada Mara Manzan com sua risada escandalosa e seu sutiã aparecendo muito antes da Norminha de “Caminho das Índias”).

Roubou a qualidade de mocinha da protagonista de novela fazendo a babá de “Anjo Mau” em 1937, sei lá, e começou a espalhar o bordão usado até hoje por qualquer vilão recém-saído da Malhação: o de que apanhou de dona-de-casa no mercado.


Roubou o Zé Wilker da mulher em mais umas 25 novelas, roubou o microfone da mão da Geovanna Angeliquete Tominaga no “Vídeo Show”, roubou Zé Mayer da Helena em outras 14 novelas, roubou no jogo quando saiu photoshopada na capa da revista Quem só com um lençol cobrindo os peitos, roubou o posto de rainha de bateria da Grande Rio da Juliana Paes (i-nex-pli-cá-vel), roubou nossa inteligência quando disse que sua personagem em “Cinquentinha” (uma atriz pitizenta que mente a idade e adora um menino novo) não era nada baseada nela – que sempre foi uma fofa – mas teve a filha roubada pela Nazaré em “Senhora do Destino” – e, junto com ela, todas as atenções da novela – e teve a capa da Playboy de 85 roubada por uma Pantera que participou do “No Limite” 20 anos depois. Afinal de contas, o universo devolve as coisas pra gente, né?

Mas, artimanhas à parte, sempre teve seu lugar ao sol. E com algum mérito, afinal de contas, apesar das donas de casa imigrantes serem chatérrimas, as vilãs loiras más eram incríveis. Mas ela não se contentou só com essa fama. Casou com um policial todo cagado, tomou chifre, o cara tatuou a cara dela na pança, ela perdoou, tomou chifre de novo, o cara foi na Sônia Abrão, morreu, ela apareceu com outro namorado com metade da idade do filho, arranjou papel pra ele numa novela portuguesa, fez mais 23 plásticas, chamou meia dúzia de repórteres de “meu amor” em entrada de eventos, deu selinho do Vesgo do “Pânico” e, por fim, lançou um CD! E finalmente virou a Dercy. Todo mundo já viu as notícias do peito pulando e da desafinação, mas o vídeo completo da apresentação dela no Faustão no último domingo e seu séquito de barbaridades merece ser apreciado segundo a segundo. A parte do peito não tá no video abaixo, mas tá
aqui.

Divirtam-se! E muitos anos de vida à Susana, a heroína mais bagaceira da televisão brasileira!

domingo, 5 de dezembro de 2010

“And that’s what you missed on… GLEE!”


Eu já tinha ouvido falar de Glee, mas não me atentei muito. Aconteceu a mesma coisa com Lost, que eu demorei até pra entender do que se tratava e depois me peguei acordando às 6h da manhã por sextas-feiras a fio pra ver o episódio que eu tinha baixado na madrugada. O primeiro episódio de Glee que eu vi foi o da Madonna (talvez o melhor da temporada, vale dizer). Daí até ganhar o box de aniversário e me internar em casa foi um pulo. Uma amiga me descreveu a série como apaixonante até a primeira metade e assassina de neurônios na segunda. Ela só esqueceu que eu me apego! E Glee me trouxe um bando de “novos amigos”, por ser tão desastrosamente clichê, deliciosamente sem conseguir.

O clube:

Um coral de estudantes comandados por seu professor de espanhol cuja maior especificidade (diferente das líderes de torcida e dos jogadores de futebol americano) é ser formado por completos losers. E tanto eles quanto os populares são estereotipados da forma mais exagerada que a cabeça de alguém que cresceu assistindo teen movies na “Sessão da Tarde” em plenos anos 80 pode imaginar: valores completamente deturpados e copos de raspadinhas jogados na cara dos diferentes enquanto os populares exalam sexo, ainda que mal o saibam fazer (alô, Finn?), se confudem com um aprendizado diário de convivência e rompantes de lucidez que a gente nem imagina como foram possíveis surgir. Mas ok, levemos menos a sério.

Os membros:
Meu top 5:

Rachel:
profundamente irritante, irritantemente sonhadora, sonhadoramente talentosa, talentosamente coitadeza. “Being part of something special makes you special”. Tem como não amar?

Quinn:
a mulher mais sexy do mundo todinho. Cheia de referências bizarras desde que nasceu, precisou virar uma loser pra aprender mais sobre a vida.

Puck:
o cara mal-criado mais legal do mundo, que vive no dilema de ser um gradissíssimo filho-da-puta sem ter o menor talento pra isso.

Brittany: é impressionantemente burra, mas é tão burra que não tem maldade alguma! E é surreal o quanto dança.
Kurt: tão caricato e tão real que nos faz questionar os preconceitos que temos contra nós mesmos.

Os demais:

Finn:
o “galã” que só falta cair de cara no chão de tão estúpido mas que sabe, em beeeem poucos momentos, ser um super-herói.

Mercedes:
tão insegura com a sua imagem que precisava de um espelho maior pra entender o quanto é especial.
Artie: o cadeirante nerd que faz mais questão de parecer nerd do que cadeirante – e que será um incrível dançarino.
Tina:
a japinha tímida que pinta o cabelo de azul ou roxo pra não chamar atenção e canta com tanta segurança que você não entende porque demorou a temporada toda pra decorar o nome.

Santana:
a latina periguete mau-caráter e que poderia muito bem ser discriminada como os losers, mas que por ser cheerleader já superou, então é a mais resistente aqui.

Other Asian (hahahaha, não dá pra lembrar o nome): outro incrível dançarino.
Shaft
(também não lembro): completa os 12 membros necessários para se concorrer às Regionais.


E pra continuar os top 5…

Top 5 partes onde eu chorei:

1.
Sue apresentando sua irmã com síndrome de Down depois de escolher Becky para as Cheerios.

2. A apresentação de "Proud Mary" em cadeiras de roda.
3.
Os concorrentes surdos cantando “Imagine”.

4. Rachel cantando “Poker Face” com a mãe.
5.
O número final do New Directions nas Regionals.


Top 5 performances:
1.
Rachel e Finn em “No Air” (Finn incrível).

2. Sue e Olivia Newton John no clipe novo de “Physical”.
3. Artie dançando “Safety” imaginariamente no shopping.
4. Vocal Adrenaline cantando “Bohemian Rhapsody” enquanto a filha da Quinn nascia. Mashup BI-ZAR-RO, mas super bem feito.
5. Todas as do episódio da Madonna (com destaque pro mashup de “Borderline” com “Open Yout Heart”).

Entre outros personagens como Emma, a conselheira obcecada por limpeza que não sabe nada da vida (nem piscar aquele olho de noiva de Chucky); a mãe da Rachel que é impressionantemente igual à ela (até na boca que mostra meio muito os dentes e sempre me deixou confuso se ambas são lindas ou estranhas); e o moicano do Puck, quase um personagem à parte, já que sem ele seu dono perde todos os poderes (“Sansão?”, “Não, Agassi!”), chegamos aos verdadeiros protagonistas: o chatérrimo Will Schuester com seu cabelo de lésbica masculina cheio de gel que jura por Deus que é um tipão sedutor quando é o maior loser de todos, mas que fez com que nossos meninos aprendessem a conviver com quem é diferente; e ela… a única e absoluta Sue Sylvester. Com sua obsessão pela perfeição mesmo tendo uma bunda de gelatina gigante, ela é má muito além da medida e surpreendentemente educadora. Muito mais do que seu arqui-inimigo, que toma decisões bem controversas e nem a afeta na disputa! Quando ela perde, é porque calculou mal! E sem as tentativas dela se acabar com o clube, eles nunca teriam chegado lá.

Enfim, Sue is my Boss.
E eu sei que vem mais pela frente e que eu já estou uns 8 ou 9 episódios da segunda temporada atrasado! ME DEIXA!

Alright, from the top!

Profissão: Repórter (e humano)


Eu sou do tipo que sempre achou telejornal um puta pé no saco. Pode me chamar de alienado, mas me incomoda a atitude sisuda e a quantidade absurda de sangue que escorre todos os dias (e nem preciso falar de “Cidade Alerta” quando o próprio “Jornal Nacional” não escapa muito disso). Enfim, mas eu assisto, preciso me informar, sou um cidadão, aquela coisa toda… Mas, de verdade, sempre fui fã (numa proporcionalidade inversa) de documentários ou programas jornalísticos como o “Globo Repórter” e até mesmo o “Fantástico” que, com a veia de entretenimento, deixa o formato mais “humano”, ainda que os assuntos não sejam todos leves. Calma! Quem odeia o “Fantástico” pode continuar lendo que eu já parei!

Tudo isso pra chegar no “Profissão Repórter”, que tem o melhor formato que eu já vi pra esse tipo de programa. Sob o comando do incrível Caco Barcellos, ele não só humaniza o conteúdo como humaniza a figura do jornalista, mostrando todo o processo para se chegar à notícia e o comprometimento alinhado à uma certa distância para que a matéria fique completa e imparcial, como ela precisa de fato ser, mas sem perder o apelo de tocar as pessoas pros problemas da sociedade.


O programa dessa semana foi sobre um grupo de pessoas que mora num prédio invadido, um antigo hotel de luxo no centro de São Paulo que foi desativado há 5 anos por conta da impossibilidade de se fazer uma reforma e se manter seu aluguel com a desvalorização da região, hoje propriedade de uma construtora que nunca fez nada com o imóvel.

O grupo conta com mais de mil pessoas entre homens, mulheres, crianças, idosos e recém-nascidos. E muito diferente do que um “Ensaio sobre a Cegueira” que poderíamos imaginar – enquanto proprietários das nossas próprias casas ou em condições de pagar por um aluguel decente –, esse grupo é formado por pessoas trabalhadoras e solidárias. Há regra pra tudo dentro do prédio, desde um controle de quem entra e quem sai até a carreata para busca de doação de alimentos no Mercado Municipal diariamente às 4h da manhã. E cada um contribui pro coletivo como pode: um grupo de mulheres cozinha cerca de 30kg de arroz por dia em panelões doados, quem entende de encanamento e eletricidade tenta dar o mínimo de estrutura aos cômodos (usados como casas pra famílias inteiras, onde um colchão é compartilhado por até 3 membros), mães levam as crianças pra uma mesma creche e até quem não tem dinheiro para pegar um ônibus e fazer uma entrevista do outro lado da cidade consegue ajuda dentro de “casa”.


Esse é outro ponto mega complicado: as chances de alguém sem endereço fixo (ainda mais quando menciona tratar-se de uma ocupação) conseguir um emprego fixo é minúscula. O programa ainda mostrou a emoção de uma mulher que conseguiu seu primeiro registro em carteira e mostrou sua preocupação quando precisou faltar por 2 dias quando o prédio foi desalojado e ela não tinha com quem deixar seu filho, que passou a morar com ela na rua a partir desse dia.

A desocupação foi a parte mais triste de tudo. Ainda que prevista desde o momento em que entraram, a falta de perspectiva dessas pessoas é realmente desesperadora. E o mais impressionante é que nem Tropa de Choque (sim, eles mesmos) ou o isolamento da área (e a humilhação pública) revoltaram essas pessoas a ponto de perderem o pouco que conseguiram construir ali: um mínimo de consciência solidária, de companheirismo e dignidade, mostrados numa passeata pacífica sem violência, mas contundente (ainda que invisível pra quem mora na região ou assiste a telejornais convencionais). E pra fechar, o conselho de uma das senhoras mais idosas do grupo a uma mãe aflita: “A gente é forte, a gente chega lá”.


O programa acaba como uma matéria imparcial como deve ser, mas tendo mexido e muito com os profissionais responsáveis por ela. Semanalmente a gente observa o quanto é intensa essa experiência pra esses repórteres e, ainda que eles não possam resolver o problema, essa vitrine humana mobiliza e serve de inspiração pra quem assiste, seja qual for o tema.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

"Parabéns pro papaaaaai..."


Depois do fiasco do segredo de Gérson e do sono que “Passione” me dá, as preces de quem é espectador bagaceiro de televisão aberta, mas não aguenta mais o “SuperPop” (ontem ela dedicou o programa inteiro ao DEPUTADO FEDERAL que disse que cura “moleque que tá ficando gayzinho” na porrada, e que não quis demonstrar como para a ex-paquita Miúxa com a justificativa de que ela ia se apaixonar! Hahahahahaha!), foram atendidas: Ratinho está de volta ao horário nobre!

Com testes de DNA, reportagens absurdas, personagens esquisitíssimos e tudo o que a flora e a fauna da sociedade brasileira tem a nos oferecer desde os bons tempos do "190 Urgente", Ratinho é a cara do Brasil (sempre quis escrever isso de alguém e a minha fase politicamente correto de achá-lo apelativo e me revoltar já se foi faz teeeeeempo). E que seja bem-vindo novamente! E que não tente novamente se levar "a sério", porque ele sempre caga quando faz isso (vide episódio Guilherme de Pádua).


Não vou nem me dar ao trabalho de escrever mais. Vejam com seus próprios olhos um pouco do que foi a estréia:

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Gérson – o punheteiro fétido



“Passione” virou uma novela chata. Bem chata. Tão chata que eu perdi completamente a paciência em assistir. Cheia de enrolação, com um texto arrastado, trama idem e, convenhamos, depois de ter contato de novo com “Vale Tudo”, a gente começa a questionar o quanto ser politicamente correto e até auto-censurável faz sentido numa obra que permite personagens com todos os tipos de caráter. Não é surpresa, portanto, que de uns anos pra cá, todo mundo torça pelos vilões. São os personagens mais ricos! Eu, por exemplo, adoro um vilão desde a Laura de “Por Amor” (a última vez que eu tive apego pelo Manoel Carlos), passando pela Laura de Celebridade e a Flora de A Favorita – é, acho que eu prefiro vilãs mulheres… eu gosto no fundo de vilões com justificativas, e mulheres são mais emocionais pra isso.


Mas antes que a introdução foda toda o contexto do post, o que me trouxe aqui hoje foi a palhaçada de ontem chamada “O Segredo de Gérson”. Praticamente o único assunto que realmente interessava ao público nessa novela (alguém aí tá mesmo roendo as unhas pra saber quem matou o Saulo?) acabou ontem da maneira mais vergonhosa possível: a revelação não aconteceu!

Gérson tinha um problema sexual porque foi molestado por uma empregada gorda na infância (HAHAHAHAHAHAHA! Great, Silvão! Quero ver o que a sua amiga Cláudia Gimenez vai dizer disso!) e era mais do que óbvio que ele via pornografia na internet (ai, como ele é transgressor!). A gente queria era saber exatamente o quê! Mas, por culpa da Goodyear e da bizarra aceitação da Globo desse tipo de interferência, a gente só sabe que ele gosta de cheiro fétido, ambiente fétido, mulher fétida… ah, e é adepto a um banheirón. Mas ó, só como voyer. Ou seja, virginal como a sua ex-amada Diana, que mais uma vez repete o papel da mocinha ingênua like Açucena de “Tropicaliente” e Edwiges de “Mulheres Apaixonadas” – juro, deve estar no contrato dela a cena do lençol sujo de sangue depois da noite de núpcias – Gérson mata a gente de vergonha. Não pelo que faz, mas por ser tão mimado, criado pela avó (ato falho, porque essa é da pá virada) e por se portar como um adolescente de 13 anos que foi pego batendo punheta pela mãe, só que já tendo passado dos 40!

Seguem abaixo alguns dos melhores comentários de quem também adora cobrir uma TV via twitter:


@LitaRee_real: O psiquiatra devia dar uma surra em Gerson!


@alvaroleme: Vou dizer que já fiz coisa BEEEEM pior que esse segredo do Gerson, hein? E nem por isso foi parar no horário nobre hahahaha

@raqpaulino: E aí? O suuuuuuper segredo secreto do Gerson era isso? Só isso? Ai, que moleque besta! Criação superprotetora dá nisso!

@rubenslopes: Em meio minuto de programa do Ratinho já há mais aberração do que todo o falatório de Gerson.


@joaomarcio: Próximo domingo no Fantástico: o sofrimento das pessoas que entram em site de sacanagem como Gerson (matéria de 30 minutos)


Flávio Gikovate, volta pra clínica, amado. Até você soltou um “É só isso, Gerson?” ontem… Deixa pra atuar nessa novela gente como a Dieckmann que colabora com o conservadorismo da sociedade em plenos 2010 (vejam só!) com frases como “O seu demônio se manifesta daquela maneira”. Olha, depois dessa, sabe que nem tô achando tão ruim assim o Boninho liberar porrada e vodka no BBB 11? #BRINKS

domingo, 21 de novembro de 2010

UFC: um estudo antropológico



Quando eu comentei com meu tio que estava assistindo “Vale Tudo”, ele começou a me contar, todo empolgado, sobre nomes de lutadores e golpes. Eu demorei um pouco pra fazer a relação… Mas ao invés de corrigi-lo, eu conto a história abaixo:

Típica noite de sábado (mas não tão típica assim), fui parar na casa de uma amiga com o objetivo de tomar vinho, comer pizza e relaxar. Pois bem, como sempre, a televisão é nossa companheira e nos enche de material para diversas discussões, comentários e referências. Mas essa noite não seria uma comum terça de final de BBB (várias já passadas no mesmo sofá). De surpresa me aparece uma amiga da anfitriã que, entre outras qualidades – inclusive a de rir junto, fundamental pra ocasião – estava a de ser lutadora de jiu-jitsu. Depois de uma breve explicação sobre o jiu-jitsu e relatos de sua paixão pela luta, eis que ela, a companheira TV, é sintonizada numa luta de UFC. E contrariando todas as previsões, eu assisti.

Primeiro porque é ultra engraçado ver os lutadores entrando com aquele arsenal de assessores e blá-blá-blás, parecendo grandes astros do cinema, exceto pela cara propositalmente enfezada. Eles JURAM que enganam alguém com aquela cara de “eu sou muito mau e tô bem bravo”. Segundo por ser um esporte de contato bem controverso.

Primeiro sinal: um dos assessores besunta a cara do fulano de vaselina. Pra não soar maledicente, apesar de parecer que o assessor passava protetor solar no fulano, a imagem que veio na minha cabeça foi do tubo de vaselina do Kill Bill (esquece a cena e o porquê dela, foca só na imagem do tubo que tá bom).

Cumprimentos entre os adversários, gostosas passando com placas, a luta se inicia. Aí vem o diferencial da noite: enquanto eu olhava com atenção tentando entender onde começava um bruta-montes e terminava o outro, minha mais recente companheira lutadora explicava tecnicamente o que tava rolando. Em poucos minutos eu já berrava “FOI PRAS COSTAS!!! QUATRO PONTOS!!!” e enxergava a técnica e a habilidade por trás daquela cena que mais parecia um gay soft porn com muita montação – a versão Brokeback Mountain, não a versão drag (que me perdoem os amantes do esporte, mas lembra o subtítulo do blog? Então). Claro que não escapavam outros comentários como “FRANGO ASSADO!!!”, “MEIA-NOVE!!!” ou “CARALHO! TÁ COM TRÊS DEDOS NO C* DELE!!!”. A luta em questão era a disputa pelo cinturão de campeão mundial entre o americano Diego Sanchez (o enfezadinho da Estrela) e Paulo Tiago, brasileiro que virou meu orgulho e deu seu sangue no ringue e é digno de minha admiração, mesmo tendo perdido. Guerreiro.

Mas o mais impressionante pra mim, é a violência da bagaça. Sério, existe um prazer meio animal em ver o cara se destruindo! O tal do Bross Lesnar (parti pra outra luta já) era tipo um não-humano. Até que chega o negão adversário dele (o vinho já tinha surtido efeito suficiente pra não me deixar decorar o nome) e me mostra que não há limites pra brutalidade. Não bastasse (com técnica) imobilizar o Bross, encheu a cara dele de porrada até parecer forrada de molho de pizza! E o juiz lá! Roendo a unha! E eu berrando do sofá pra pararem aquele massacre! A minha nova amiga ainda me disse a seguinte frase, atribuída a algum bam-bam-bam do Vale Tudo que eu não lembro mais quem é, que ilustra bem esse prazer animal: “Um homem me disse que prazer só com as mulheres, pois o meu prazer foi ver esse homem gritando perante meu poderoso triângulo”. Ui!

Passada a tensão e a vibração com toda aquela adrenalina, me entra um tal de Minotauro (não sei se era o mesmo programa, se era outro canal, se o campeonato era o mesmo…) mas eu já tava sem condições de continuar naquela explosão de testosterona e fui nocauteado definitivamente pelo sofá.

Fim.


Errata: um amigo (que não quis ser identificado - imagine aquela voz metalizada) me informou que o nome do lutador é Brock Lesnar e que a disputa do Diego Sanchez e do Paulo Tiago não valia cinturão nenhum... Por questões de responsabilidade jurídica, coloco essa errata aqui. Mas não vou mudar o texto pra não desvalorizar essa linda experiência! HAHAHAHAHAHA!

"Estamos muito feliz"


MTV estreou há 20 anos com Astrid Fontenelle, Zeca Camargo, Luiz Thunderbird, Maria Paula, Cuca Lazarotto e Lorena Calábria, que eu me lembre. Eu estreei há 29 anos, com minha mãe e meu pai. HAHAHAHAHAHA! Enfim, passados ambos os aniversários (Obrigado!), eu só queria dizer que a MTV esteve presente durante a minha formação musical e foi bem bacana enquanto eu fiz parte do target.

Em 90 eu ainda não tinha descoberto o UHF (na verdade eu ainda brincava na rua). Já em 94, com TV própria, porém limitada, eu descobri que, numa TV portátil em preto-e-branco que meu pai comprou no Paraguai, o canal 32 funcionava! E assim começou minha relação com a MTV: “Teleguiado” com o Cazé e uma avó que soletrou “Ugly Kid Joe” num bloco inteiro de programa pra não levar um “NA CARA”, “Feijão” com a Tatiana que eu assistia na academia do bairro (das poucas experiências coloridas que eu tinha na época) e me apresentava tudo o que tinha de mais atual, indo além do que eu já não escutava muito nas FMs (que se dedicavam loucamente ao poperô), Gastão me fazendo gostar um pouco mais de rock e Fábio Massari me fazendo pesquisar música.


Em 95 eu já vi Bon Jovi em carreira solo e 4 Non Blondes com a incrível “Spaceman” sendo massacrados no “Top 20 Brasil” pelos “indefectíveis” (segundo Astrid) Ace of Base e sua “Happy Nation”. E comecei a minha mania de gravar em VHS todos os VMBs – a começar por esse, ainda Video Music Awards Brasil, brilhantemente apresentado por Marisa Orth. E depois de Pedro Cardoso (ZzzzZZzz), Carlinhos Brown (que quase apanhou quando quis cantar miscigenação pros Racionais), Luana Piovani (ok), Cazé (ótimo), Marcos Mion (multiuso), Fernanda Lima (linda) e Selton Mello (bom, vai… bom), finalmente chegamos a Marcelo Adnet, que renovou a MTV de uma vez.

Renovou porque se existe uma coisa com a qual a MTV se preocupa é com o seu público. Voltada a jovens de 14 a 25 anos, é pra essas pessoas que ela unicamente se dirige, o que faz com que o envelhecimento da gente deixe a programação do canal com cada vez menos sentido, bem como sua linguagem (ou a forma como os assuntos são abordados). Ela começou absurda e assim se mantém (graças a Deus), mas me apresentou referências de comportamento quando eu precisei delas, falou sobre sexo de uma forma livre quando isso era pertinente, instigou o debate sobre temas de cunho social seriíssimos, mas sempre colocando interlocutores que tornassem a mensagem mais clara do que num Jornal Nacional e até colocou pagode, axé e sertanejo como categorias de um VMB quando a Carla Perez virou febre nacional. Com programas de entrevistas dos melhores que eu já vi, com material sobre os artistas que completariam a coleção de qualquer fã, quebrando barreiras ao exibir o primeiro beijo gay na TV brasileira (e repetindo em todos os programas de relacionamento da forma mais natural possível) e investido em animações mega-politicamente incorretas, inovando com o primeiro reality show exibido “Na Real” (que gerou o brasileiro “20 e poucos anos”) e liberando palavrão como forma de se comunicar dos jovens, a MTV era meio quintal de casa, se esse fosse cheio de amigos rindo enquanto ouviam histórias do Nando Reis ou da Cássia Eller pelos próprios.

E foi assim que o Adnet fez isso. Tornou mesmo a MTV o quintal da casa dele quando jogou os amigos todos lá. E hoje o “Comédia” e o “Furo” são os programas com maior repercussão da casa, porque mantém o absurdo sempre enxergado aqui, independente do restante da programação continuar com target definido com Restart, Mari Moon e colírios Capricho.

Nas homenagens aos 20 anos, eles não deixaram de cumprir a tabela “Vale a pena ver de novo” colocando Sarah, Cuca e Sabrina com a nova VJ do Top 10 que eu nem sei o nome, mas foi incrível ver Adriana Lessa se auto-sacaneando como ex-VJ que não deu certo e a campanha pra arrecadação de fundos pra ajudar o coitado do Edgard e, claro, ver a homenagem aos “mortos”: Kenia e Keyla, causa mortis: feiúra. HAHAHAHAHAHA!

Eu só queria mesmo era que os ex-VJs desistissem de reality shows fracassados, TVs Famas, programas de humor insuportáveis e geladeiras em todas as emissoras por onde passam e fizessem de novo algo que sabem fazer: serem inovadores, com o mesmo espírito absurdo, mas falando pra quem virou adulto – mesmo sem querer.


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

“Não transo violência”



Pois bem, contrariando as limitações geográficas e demográficas (só de pensar que lá ainda passam “Por Amor” e “Quatro por Quatro” – que eu sou capaz de dar a sinopse sem roubar no Google – já fico louco por ainda não ter TV à cabo), graças à internet e ao meu bom amigo Celso Dossi, consegui um link ungido pra assistir “Vale Tudo” em tempo real no Canal Viva. E as minhas madrugadas insones ganharam uma nova razão de ser. E obviamente precisava compartilhar minha felicidade aqui e, mais do que a felicidade, meu saudosismo/espanto/festival de cross de referências bizarras da minha cabeça. Então vamos lá:


Vale Tudo é do tempo em que:
1. Lídia Brondi era atriz (e parecia uma vampira com essa cara braaaaanca e esse cabelo vermeeeeeelho e esse olho preeeeeeeto);
2. Cássio Gabus Mendes não tinha embarangado;
3.
Termos como “não me dá a menor pelota” e “tirar uma pestana” (what?) eram usados;

4. Heleninha era um mix de Samantha Jones e Tina Pepper;
5. Raquel berraaaaaaaava e ainda não fazia a sobrancelha;
6. Datilografia era diferencial no currículo;
7. Aldeíde e Odálio eram nomes de gente;
8. Lília Cabral e Rosane Goffmann eram uma dupla imbatível (Aldeíde e Consuelo, Amorzinho e Cinira…);
9. Fagundes era um gostoso (não que ainda não seja, mas não dá mais pra negar que a idade chegou);
10. Telex era o must da comunicação;
11. Danton Mello era uma criança (e já ator, enquanto o Selton só dublava o Charlie Brown);
12.
Reginaldo Faria já era disgusting;

13.
Adriano Reis (who?) já era figurante;

14. Fábio Vilaverde era alguém na noite mesmo com cabelo pintado (e não tinha sido chifrado pela mulher com Felipe Barreto em “O Dono do Mundo” – o mesmo Fagundes, ainda gostoso);
15.
Trilha de novela nacional tocava nas principais rádios FM e não só na Nova ou na Cidade (ainda existe Cidade? 96,9?)

16.
Christina Prochaska (foca na Prochaska!!!) tinha um caso com a noiva-mor de Copacabana – e tudo era tratado com a naturalidade velada da época;

17. Ombreira era moda e homens descolados se vestiam com um visual “Miami Vice”;
18. Fumar era normal e não acessório de vilão;
19.
Maria Gladys já era velha;

20.
Cenas com bebês como a da Fátima saindo da cadeia (num dos últimos capítulos, reparem) eram feitas com bonecas e não com bebês de verdade;

21. Ah, Riccelli…

Não pus Maria de Fátima em si na lista porque ela é uma unanimidade na novela, ainda que a maior unanimidade seja o consenso de que a maior vilã da teledramaturgia brasileira sempre será Odete Roitman.
E como prova de que vilania e bom humor andam juntos (por isso eu sempre tive um fraco por vilões) e que “Brasil, mostra a tua cara” nunca foi tão atual, eu fecho o post com a minha frase preferida de Odete:
“E eu que pensei que alguma coisa tivesse mudado nesse país... basta botar o pé no Galeão você já começa a sentir esse calor horroroso, gente horrível no caminho, uma gente feia parada esperando uns ônibus caquéticos, o dólar a 300 e minha filha completamente bêbada.”




PS:
Ah, e só porque dessa vez ninguém vai ficar puto por ter a surpresa estragada, quem matou Odete Roitman foi a Leila, tá? ;)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

LUTO



Hoje começou a retransmitir "Vale Tudo" no Canal Viva e eu ainda não tenho TV à cabo.
Vou beber. Beijos.


domingo, 3 de outubro de 2010

"Ah, ah, ah, ah, staying alive, staying alive"


Eeeeeeeeee! Começou novamente a Fazenda! E em sua terceira edição, parece que essa versão country dos Bee Gees na trilha pode ser uma das poucas coisas desconexas que sobram aqui. Vamos aos fatos:

A primeira temporada teve a melhor seleção de elenco prum reality (talvez só perca pro da primeira “Casa dos Artistas”) só que com uma edição capenguíssima, num frio do caralho (“chove em Itu”) e com o Britto Jr. provando que nunca deveria ter largado o SPTV. A segunda veio no verão, com algumas melhoras na edição, mas com um elenco horroroso. Já a terceira tem de novo um elenco incrível, tá rolando no começo da primavera (“chove pouco em Itu”) e o Britto até que tá mais agilzinho. Se bem que quando começou o primeiro programa dançando a la John Travolta, me deu muita saudade do Bial de papete.

Mas vamos logo ao elenco, composto metade por celebridades bem controversas (ah, novidade!) e outra por completos desconhecidos (completos mesmo! E olha que eu costumo reconhecer quase todo mundo que aparece na TV):

Parte 1: Celebridades controversas:
1. Viola: entrou porque um outro jogador de futebol não passou no teste das DSTs. É só procurar na internet e tirar suas conclusões!
2. Panicat Piu Piu: chegou numa pose de socialite que eu desacreditei. E vamos combinar? Com o exemplo da Samambaia, precisava mesmo?
3. Sérgio Mallandro: como respeitar um ser humano que usa um boné de pirocóptero aos 50 anos?
4. Sérgio Abreu: certeza que já participou. E ainda ganhou um “Sérgiooo, que engraçado te encontrar aqui…” do Carrasco (descrição logo mais).
5. Tchitchia Monique: amo! A mais velha da casa, toda liberadinha da Estrela e virada no Jiraya!
6. Mulher Melancia: engoliu umas 20, pelo menos. Morro de aflição de olhar pra ela. É gorda, mas não é, sabe? Fico confuso!
7. Geisy Arruda: ah, mano… Ela disse “eu imponho o que eu penso e as pessoas automaticamente aceitam”. Merece bullying, so sorry. Sem mais.
8. Tico Santa Cruz: se auto-define como um cara que gosta de questionar. Isso pra mim é facilmente traduzido como chato pra porra.
9. Nany People: amo muito! A mais autêntica de todas, coerente, inteligente, sensata… E depois de a mostrarem tomando banho, quero ver discutirem sobre beijo gay na TV brasileira! Hahahahahaha!

Parte 2: Quem?
10. Luiza Schwarzenegger: é tipo uma Maria Gadu com uma mini atitude de Danni Carlos e um jeitinho de Bhianca Jordão do Leela. Whatever.
11. Secretária do Zé Mayer em “Viver a Vida”: disse que seu maior talento é interpretar. Tão marcante que acho melhor procurar outro. Vamos acompanhar.
12. Daniel Bueno: em sua descrição diz que está solteiro (leia-se, a Mili terminou com ele), começou de baixo (leia-se, fez teste do sofá) e não se acha talentoso (leia-se, HAHAHAHAHAHAHA!).
13. Carlos Carrasco: é a versão macha (oi?) do Dicésar. Parece mais velho que a Monique mesmo sendo 10 anos mais novo e será responsável pelo pior trocadilho do Britto nessa edição quando for líder.
14. Jacobina: pediu licença pra sair do carro na chegada. Tão naturalzzzZZZzzzZZz…
15. Dudu Belisário: é tipo um Igor Cotrim emaconhado e com necessidade de aceitação.

Impressionantemente os desconhecidos foram os mais aplaudidos. O que me faz questionar se negada curte mesmo um bom corpo, uma vez que as celebrities já passaram do ponto há tempos. Mas foram justamente eles os responsáveis pelos primeiros barracos (sim! 3 em uma semana!): a. Mallandro puto que Monique o indicou na primeira prova; b. Nany colocando a secretária do Zé Mayer em seu devido lugar quando essa começou com indiretinha; c. Monique chamando Belisário de “moleque do caralho” porque ele combinou voto e foi abraçar a escolhida por pré-arrependimento.

Enfim, eu aposto em Carrasco revelando que era gigolô de Sérgio Abreu; na secretária do Zé Mayer mostrando o que aprendeu com o ex-patrão pro Dudu Muy Bueno; na Melancia e na Geisy sendo transferidas pro curral até a terceira semana; na Piu Piu consolando o Belisário, que vai se aconselhar com a Nany, que vai ganhar na tranca da Monique, que vai conspirar com o Tico, que vai ter que pedir doses extras de Rivotril pra produção pra aguentar o Mallandro, que vai me tirar do sério se continuar falando 72 “ié-iés” e 24 “glu-glus” por dia, como fez no primeiro programa.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ídolos, a final (post pago! Hahahahaha!)


Semana passada, este blog (acho chique falar na pessoa jurídica) foi convidado para cobrir (RÁ!) in loco a final do programa Ídolos da Record, cuja edição eu já tinha comentado aqui.


Puta estrutura, palco montado, telões, um milhão de câmeras, holofotes, banda, povo berrando com placa na mão e entoando cânticos populares como “Aqui tem um bando de locô, loco por ti, Tom Blaquê!”, Faro de terno e numa simpatia ímpar, Paula Lima competindo se a bunda era maior que o cabelo ou vice-versa e Marco Camargo despencando do palco no melhor estilo Caetano-por-isso-uma-força logo na entrada, seguido por um festival de gargalhada do povo da pista. Sensacional.


Bom, gravações de cabeça depois, começa o programa e duas coisas já me irritaram de cara:

1. A quantidade absurda de merchandisings! Na verdade, isso já me irritava nos programas normais (precisa posar cheek-to-cheek com uma barra de Suflair???), mas aqui pareceu que a cota não foi esgotada durante a temporada e eles resolveram gastar o que faltava na final. Juro, um a cada cinco minutos! Valeu, Niely “Só veio arrumar o cabelô”!

2. A postura televisiva. Ah, mano, você acabou de chegar do interior de Santa Catarina. Precisa mesmo se comportar como a Eliana? Até o Faro parecia mais natural do que o Israel, que sabia que ia ganhar. Enfim.


Nas apresentações, que foram o forte (dãr) da noite, Tom Black tava espetacular como sempre, Israel foi Israel, capaz de cantar até um clássico da música erudita como se fosse sertanejo, Ed Motta me impressionou por de fato ser muito grande (no caso dele, ele engordou tanto que chegou no fim do efeito engordativo da TV e agora ela faz o inverso e disfarça o tamanho dele, porque não é possível) e Daniel e sua falta de pescoço me fizeram pensar na máxima de trocar “você” nas músicas românticas pelo nome do apresentador/programa… Queria muito vê-lo cantar "E só penso em Clube Irmão Caminhoneiro Shell a todo instaaante…". Ele só se redimiu porque, na hora dos duetos, duplou de fato com o Israel, enquanto o Ed Motta entrou numa disputinha de vocalizes com o Tom Black… vergonhoso.


Destaque pro Billy Paul que chegou como um velhinho que dá gritinhos a la Frank Aguiar, mas que arrebentou cantando “Your Song” com o Ed Motta, ainda que eu fosse a única pessoa da platéia que conhecesse essa música. Mas enfim, o blog é meu, dou destaque pro que eu bem entender! HAHAHAHAHA!


E só pra não passar em branco a participação dos outros 8 participantes da fase final do programa, a boa sincronia entre eles, Nise no time dos meninos, microfone da chatinha da Maria Alice desligado e Chay de qualquer jeito garantiram ótimos e já saudosos momentos (tão saudosos que nem lembro o nome dos outros mais)!


E assim foi, entre um show do intervalo (sim, tem isso!) e outro com distribuição de brindes de um cara que trocava a cor do terno sempre, confirmando minhas impressões, Israel ganhou. Não tava torcendo, mas ele ficou tão feliz e até pulou no colo do Faro que eu me emocionei. De novo. É, não tem o que fazer. Cantores populares têm sempre mais chance. Vejam, por exemplo, minha companheira de platéia Sula e sua reação à presença de Daniel cantando com Israel no palco: