quarta-feira, 25 de agosto de 2010

"Me faz pequena, Asa Morena..."


Eu sou fã de reality shows de cantores desde o primeiro Fama. Nessa época eu ainda tinha vídeo cassete e gravava o programa todo sábado! Desde a estréia (ainda sou capaz de citar todas as apresentações) com apresentação de uma Angélica bem profissional e de um Toni Garrido que se sentia tão em casa que humanizou a Angélica (que de Fada Bela virou “Estrelas”). Lembro perfeitamente que uma lágrima literalmente pulou do meu olho quando a Nalanda cantou a primeira frase de “Nada por mim” do Cazuza, que a Vanessa Jackson cantando “Respect” da Aretha Franklin me deixou sem fala e que a Maíra Lemos e o Marcus Vinícius (fã número 1 da Maíra junto comigo) me embargavam cada vez que subiam no palco. Danny Nascimento nem se fala. Nasceu pra isso.


O próximo programa foi “Popstar” no SBT, mas a cara de produto fabricado by Rick Bonadio não me convenceu a torcer. Quando chegou o Ídolos, voltei a assistir fissurado. E passada a clássica primeira fase, o Pica Pau, vencedor da primeira edição, me fez chorar mais que a Nalanda e mais que a apresentadora que o abraçava, cantava junto e secava lágrima na manga do vestido na final.


Enfim, pula a mudança de emissora e outras 3 (foi isso?) edições e chegamos à que está no ar na Record, com jurados bem piores que os que ganharam fama no SBT: o afetado do Calainho que só sabe falar se a roupa tá um arraso, se o cabelo abalou ou se o conjunto tá um horrorrr; a blasé da Paula Lima com aquela sobrancelha arqueada, a voz de locutora de motel e o ar superior de quem nunca conseguiu terminar uma sílaba sem quase tossir (adorava antes do programa e até ignorava a aflição que me dava), e o Marco Camargo que, certeza, tentou ser popular na adolescência, não conseguiu e fica claro quando abre a boca o porquê (alguém aguenta as metáforas dele?). Pelo menos, pra nos salvar, tem Rodrigo Faro como apresentador.


Depois de uma porrada de gente dando truque Ed Motta na voz, de caricatas que usavam calça saruel e sandália de salto ou vestido florido e ankle boot e alternativos que não sabiam se eram inspirados na Cyndi Lauper ou na família Restart, chegamos aos 10 finalistas:


Já eliminados:

Agnes – achava meio sem expressão. Surpreendeu no final só.

Juliani – ná! Popstar teen demais.

Rodrigo – cantava sertanejo bem, tadinho... cumpria a função, mas era claro que se esforçava.

Tamires – botava banca de profissa e, apesar dos jurados acabarem com ela, fazia cara de quem tava cagando, agora que eles não tinham mais poder de eliminá-la. E cantou “Nossa Canção” lindamente! Não sei porque tão saiu cedo...


Os que ainda constam (até o fechamento dessa edição! Hahahahaha!):

Maria Alice – de tão corretinha e perfeitinha, chega a ser chata. Meio Sandy moderna.

Romero – é tipo um Alexandre Pires bem nascido (meio pretensioso, mas ótimo).

Israel – pequeno, super talentoso, tem tudo pra fazer sucesso com o público sertanejo (de raiz, não os fãs de Luan Santana). O que fode é que canta com a língua pra fora.

Tom Black – me emociona muito, canta com o coração, mas a sem-noção da Paula Lima disse (em outras palavras) que o quer como vocalista do Ara Ketu porque canta black music falando português corretamente (nessas palavras). Ídolos, né?

Nise – comecei achando caricata, meio Ana Carolina com atitude pseudo-fodona. Me dobrou no meio e tem até licença poética pra desafinar. Hoje, toda ousada, cantou “A Lua Que Eu Te Dei” da Ivete num arranjo foda e foi AR-RE-PI-AN-TE.

Chay – anota aí: 9308-1751 ;)


Enfim, falta pouco pra final, mas a gente sabe que sucesso aqui independe da vitória e que apesar de únicos lembrados, Vanessa Jackson e Pica-Pau (não lembro o nome de verdade) não fizeram mais sucesso que Roberta Sá. Ainda assim eu, o Pollyanno do reality show, torço pra que Tom ou Nise (ou Chay ou Israel, vai) cheguem lá.

2 comentários:

O bom e velho Duds disse...

hahaha, sensacional esse post!
outro dia eu me peguei pensando onde era mesmo que tinha começado a aparecer o Ídolos com aqueles três apresentadores toscos e não lembrava. Mas eis que o pequeno e entrépido Mario solucionou o problema. Sucesso! Continua, pequeno! Tá tudo ótimo, hehe
abrax,

Mario Mendes disse...

Eu só preciso completar com uma coisa: terça retrasada o jurado convidado foi o Lucas da Fresno. Nessa foi o Di do NX Zero. Se vier família Restart na próxima, eu não vejo nem a final!