terça-feira, 24 de agosto de 2010

"Os Estados... brasileiros..."



Eu nunca fui ligado em concurso de beleza. Quando o Fantástico fazia alguma matéria ou quando saía alguma na capa da Playboy nos anos 90 eu até ficava sabendo, do contrário, saber que a Martha Rocha perdeu por 2 polegadas ou que a Vera Fischer começou assim já me contentava.


Porém, um belo dia, conheci o Celso Dossi, o maior aficionado por concursos de miss que eu já vi e esse ser introduziu as peculiaridades desse mundo na minha vida (ele e “Miss Simpatia” com a Sandra Bullock). E o que começou com uma brincadeira dele de gongar candidatas virou um costume de assistir com olhos críticos (daquele jeito, né?) os concursos de Miss Brasil, brilhantemente exibidos pela Band. Esse ano, ele fez o favor de estender isso pro Miss São Paulo (um primor de seleção) e finalmente o Miss Universo.


Este último foi exibido na última segunda-feira, 23/08, às 22h pela TNT. Tentei bravamente (sem sucesso) não ler spoilers no twitter pra poder acompanhar pela Band às 0h30, e lá me deparo com Renata Fan, ex-Miss Brasil 99, ex-assistente de Milton Neves e apresentadora de programa de esportes da própria Band; e ele, Fábio Ahaze, neto perdido de Clóvis Bornay e um legítimo missólogo (sim, isso existe!) cujo sobrenome diz muito sobre sua personalidade.


Começamos o show de horror com uma tentativa bizarra dos apresentadores de fingir que não sabiam o resultado e fazer as previsões mais absurdas a cada bloco e etapa de eliminação (o que só acabou com a moral do missólogo que foi capaz de errar TODAS) só não superada pela performance do casal de apresentadores oficiais do evento: uma nanica bem bonita que super se preparou pra isso no sofá do Donald Trump (dono do concurso) e um cosplay fortinho de Axl Rose com uma bandana na cabeça que passou o concurso inteiro tomando cotoveladas da companheira pra lembrar de ler o teleprompter.


As candidatas, deduz-se pela seleção, são difíceis de gongar (e até de lembrar, porque eram 83, ainda que eles só tenham exibido 15 – dentre as quais a brasileira nem passou perto), mas não impossíveis. E, diferente do Miss São Paulo ou do Miss Brasil que dão mais foco às geniais roupas típicas ou onde se entende o que todas respondem aos jurados em sonoros assassinatos à nossa língua mãe, no Miss Universo só temos como base pra criticar as próprias e os critérios inimagináveis dos jurados. Jurados esses que deixaram de fora da seleção final a Bélgica (pra mim, a mais linda de todas) e a Irlanda (a CARA da Katylene, com olhos expressivos, hahaha!) e deixaram preciosidades como a Jamaica, com um sorriso iluminador como o de uma Adriana Lessa hypada; a Austrália que nasceu da fusão de Miley Cirus e Jennifer Aniston com uma girafa de cabelo bem oleoso; a Ucrânia que, certeza, nasceu em Maranguape-CE; a Filipinas que os conterrâneos acharam que tinham um quê de Grace Kelly (OI?) e eu achei que tinha um quê da japa pompoarista de “Priscila, a Rainha do Deserto”; e a México, de fato lindíssima (um olho meio Charles Henriquepédia do “Pânico”, mas só eu notei) e merecidamente a grande vencedora.


William Baldwin de jurado, desfile de maiô e trajes de gala à parte (porque se eu disser que a Filipinas roubou o figurino de “A Princesa Xuxa e os Trapalhões” vou ter que comentar todos), a vencedora tem grandes funções no decorrer do ano como... err... bem... enfim. Na parte prática, se a miss não for da época da Martha Rocha (que hoje assusta mais que a vilã de Bernardo e Bianca) e da Vera, ela ainda pode ser atriz da Globo*, namorada de KLB**, assistente de palco do Faustão*** ou BBB****. Ah, ou capa da Playboy (não precisa de asterisco aqui, né?)!


Glamour, a gente se vê por aqui.



* Grazzi Massafera, 3º lugar no Miss Brasil 2004

** Natália Guimarães, Miss Brasil 2007

*** Adriana Colin, vice-Miss Brasil 1989

**** Joseane, a única ex-ex-BBB, Miss Brasil 2002 (destituída do posto por ser casada)

Um comentário:

Celso Dossi disse...

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAAH
Se ela fosse a japa das bolinhas, tava ótimo!
Senhor Batata! kkkkkk