quarta-feira, 21 de março de 2012

R.I.P. BBB


(foto publicada pelo Cartas para Pi dizendo que, se o BBB acabou pra gente, Monique é campeã e Yuri é vice!)

Essa não foi nem de longe a primeira vez que eu disse que ia desistir de ver um BBB (alô, Dourado!), mas talvez seja a primeira que eu vá de fato cumprir. Monique saiu e o povo que ficou me dá tanto tédio que eu tenho medo de morrer em frente à televisão tendo uma vida inteira pela frente! E olha que eu já tenho aguentado Fina Estampa antes do programa, o que mostra muito o tamanho da minha preocupação.

Parágrafo destinado à função social da televisão: Mona foi eliminada por duas questões: 1) era Selva, e desde que Boninho e Bial forçaram descaradamente uma separação da casa entre bem e mal, foi constatada a incapacidade do público brasileiro de analisar as pessoas separadamente. Bom, não sejamos injustos: com a não rejeição a Yuri e Monique, descobrimos que o público é capaz sim (quase uma volta aos tempos de Dhomini) mas não são páreos para a turma das redes sociais que perdeu completamente a noção do que é importante, trocando “Máfias Douradas” por “Máfias Praieiras” como se disso dependesse a vida deles - ou a que eu espero ansiosamente que cresça logo e morra de vergonha de tudo o que registram na weird wide web; 2) pelo machismo de quem é incapaz de entender o que aconteceu com ela na primeira semana, ainda que ela tenha inocentado Daniel logo na saída. Mas as milhões de discussões na internet e o começo do discurso do Bial falando do falso moralismo do país do Carnaval já deram conta disso. E mudando brevemente de assunto, só que não, quem assistiu à entrevista da Palmirinha na Marília Gabriela logo na sequência no SBT e se chocou um pouco com a história de vida dela pode entender melhor aonde esse machismo podia levar num tempo não tão distante assim. Fim do parágrafo destinado à função social da televisão (porque se eu ainda for comentar a cena da Celeste permitindo que Baltazar voltasse pra casa na pior novela de todos os tempos, não chego a lugar nenhum, só pra variar).

Na verdade, Monique (e Laisa e Renata e Maria - Priscila, Milena, até mesmo Leka) representa uma leva de mulheres que não tem mais que pedir desculpas. E eu acho isso foda de bom. Me choca que isso ainda seja visto como transgressor, mas vá lá. Os tempos mudaram rápido demais talvez.

Sobre ser da Selva, quando falo do problema em analisar os participantes separadamente é porque, convenhamos, a Selva acabou no dia em que o Rafa pegou a Renata, ambos de caráter duvidoso. A tal “questão de honra” poderia ter caído por terra aí ao invés de terem eliminado gente de verdade que de fato movimentava a casa em detrimento a uma deslumbrada, falsa moralista e sequelada pelo excesso de laquê na franja, uma samambaia que agora acha que o batom da Monique combina com o tom de pele dela (gata, não combina com a de ninguém), um narcisista que mede cada palavra e soa mais artificial que a senhora do laquê e um hômi “simples, humilde e de bom coração” que carrega toda sua humildade no próprio discurso.

Sorte teve JC que saiu ontem antes que morresse de tédio junto com o Bial e Boninho, que estão tendo que criar factóides baseados numa hóspede espanhola (ela pode ganhar?) antes que o programa dê traço por falta de conteúdo.

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