quarta-feira, 26 de maio de 2010

Live together, die together


Ontem teve fim a série mais legal do tipo “te faz pensar” que já inventaram. Porque, claro, acho que minha preferida sempre vai ser Friends (L) mas Lost, sem desmerecer as que me fazem rir 98 vezes da mesma piada – por trimestre – e por isso mesmo são geniais, é uma novela mil vezes melhorada!


Eu não sou nem nunca fui do tipo que formulava teorias, pesquisava referências ou cruzava dados atrás de um entendimento maior do que o que tinha me sido apresentado ou tentando ir além de alguma coisa que eu sabia que a série ia me contar em algum momento. Porque novela, pra mim, é assim: eu me envolvo, choro, rio, fico puto, mas acabou o capítulo, eu vou com o mesmo afinco pra Grande Família e as preocupações (hahahaha!) são outras imediatamente. Mas era inegável que as intermináveis discussões nos almoços de sexta-feira – entre um bando de viciados que corria pra baixar os episódios assim que ficavam disponíveis – e as teorias de bar (e até as embasadas por quem tinha grandes conhecimentos de história e física) me deixavam até mais inteligente, além de ver nos olhos dos meus amigos o apego que eu tenho a vida toda por dramaturgia. Seja ela qual for. Vingança calada (sorry, veia escorpiana falando).


Enfim, pulando a parte “extrassensorial” da coisa, eu me apeguei nesse povo num nível, que ontem eu tive uma sensação de despedida deles tão incrível como a que eu tive que os personagens de Six Feet Under. Não só pela questão da morte, mas pela forma como ela foi colocada ali... E dá-lhe choradeira, obviamente (mas pelo menos não fiquei querendo cortar os pulsos por falta de energia vital como em Six Feet)!


Mas vamos aos pontos altos:


1. Os choros:

a. Aaron nascendo de novo: eu me emociono sempre com cena de parto. Desde a Luciana de “Viver a Vida” parindo gêmeos até o Murílo Benício chegando atrasado pro parto do filho dele depois de estourar um cativeiro em “Força Tarefa” ao som de Tim Maia (acabou de passar e embarguei um pouquim). Mas aqui o que me emocionou foi a cara da Kate realizando tudo o que tinha acontecido enquanto o filho (que também era dela) nascia.

b. Sawyer e Juliet: definitivamente meu casal preferido. Passei a porra da terceira temporada inteira tentando entender se eu amava ou odiava a Juliet, pra no fim das contas concluir que tanto sentimento confuso só podia dar num lugar, né? Talvez minha personagem preferida. E o Sawyer é o típico homem que Alcione gosta (plagiando @bcanato), que pula de cabeça do penhasco, not even afraid, mas que dá vontade de pôr no colo cada vez que libera uma fragilidadezinha. Junta isso tudo e me diz? Ontem quando se reconheceram eu quase tive um troço...

c. O final. Porque é despedida, né?


Os fundamentais:

a. “Christian Shepard”: como eu nunca tinha reparado??? Valeu, Kate!

b. A briga de Jack e Locke like God intended (ou como o diabo gosta!): finalmente! Ainda que não fosse o Locke de verdade, eles se deviam isso. E a série devia ao Locke algo além da imagem de bosta que o MIB - Homem de Preto (hahahaha, adoro que todo mundo se refere ao gêmeo do mal assim! Sempre me vem o Will Smith na cabeça) fez dele. E isso veio com o respeito do Jack. Foda.

c. O primeiro “I love you” do Jack e da Kate. Fooooda. Fiiiiinally.

d. A despedida numa igreja, mas sem que houvesse a imposição de uma fé específica. Fiquei bem feliz de ver o vitral ecumênico na sala onde estava o caixão do Christian. Para fins de curiosidade, os símbolos são: Lua-Estrela (Islamismo), Estrela de Davi (Judaísmo), Om (Hinduísmo), Cruz (Cristianismo), Roda Dharmica – ó! – (Budismo) e Yin-Yang (Taoísmo, religião também dharmica).


Os bizarros:

a. O Bernard fez o parto dos trigêmeos da Phoebe e era FANÁTICO pelo Fonzie (The Fonz...);

b. O que foi a trilha sonora da partida do avião da Ajira? Podia JURAR que o Atreio da História Sem Fim ia aparecer voando naquele bichão branco!


Tá, não dá mais... Vou fechar dizendo que a edição foi um primor, que cães são FODA de tão leais (ah, Vincent...) e como diria Desmond, ops, Jack, ops, Desmond, ops, tô confuso, "I'll see you in another life, brotha"!

5 comentários:

Celso Dossi disse...

Acabei de descobrir que o Vincent é, na verdade, uma cadela.
#ChocadoEmCristo

Celso Dossi disse...

Minha única mágoa é da Claire ter sobrevivido até o final de Lost. E CRESPA.

Celso Dossi disse...

E de TER PARIDO DUAS VEZES O MYYY BAAAABEEEEE.
Grrrrrr!

ps, Mário, tira o verificador de palavras, é UÓ.

Mario Mendes disse...

Tirei! =)

Ju Rocha disse...

Marioland, a parte de todas que mais gostei foi sua dualidade de sentimentos towards Juliet. Descreveu super bem e todos entendemos o sentimento final. Ah, quem nunca esteve lá?! Só sei que, mesmo sabendo qual sentimento é, sabemos tb que o mesmo não é lá dos mais sadios nem confiáveis, né?
Mais que isso não posso comentar mto pq não vi o bendito "Perdido", então só me resta dizer qu Sawyer é gato. Bem gato.