quinta-feira, 27 de maio de 2010

"Isto é. Uma. Vergonha."


1 milhão de reais! Não dá pra ler essa frase sem ouvir a voz do Sílvio... No máximo a do finado Lombardi (tira momentaneamente o chapéu imaginário da cabeça em sinal de respeito). Não importa a quantidade de BBBs, Fazendas, promoções de margarina ou caminhões do Faustão que possam existir, é só ouvir “1 milhão de reais” que já vem na cabeça qualquer (mesmo! QUALQUER!) ser humano imitando o Sílvio, que junto com Lula e Pelé, formam a tríade do joão-kleberismo popular – referência à época em que ele se contentava em só fazer imitações no “Jogo da Velha” do “Domingão”.

Comecei falando disso porque um maluco acabou de ganhar “ummm milhãooo de reaaais em barras de ouro” no “1 Contra 100” do Justus! Tenso! Mesmo já tendo vazado a notícia, tenso! Mais um grande jogador (esse sim) que se juntou à turma dos que ganharam essa bolada do SBT: 2 vencedores no “Gol Show”, 1 no “Show do Milhão”, 1 numa espécie de “Roda Roda
meets “Peão da Casa Própria” (não lembro direito a mecânica, mas é o da cena clássica da velhinha abraçando a cintura do Sílvio e pulando e rodando) e 1 “Topa Ou Não Topa”. E todos mais anônimos do que Caetano Zonaro!

Mas justo quando eu ia começar a elaborar um post sobre isso, me começa no SBT um “SBT Repórter” falando sobre a indústria do sexo. E no meio de perguntas como “Quer dizer que mesmo com dois caras em cima de você, você pensa na sua mulher?” feita para um ex-pastor evangélico-casado-com-filhos e recordista de cenas passivas em filmes pornôs gays (O-OI???) ou declarações corajosas como a do filho da Rita Cadillac
(“Vai lá! Ninguém paga suas contas!”) quando ela resolveu fazer pornô, acontecem cenas como a da repórter balançando na mão pênis de borracha numa fábrica como quem testa chuchu na feira ou entrevistando na rua, sem fazer idéia de quem se trata, a mãe da bêbada da Bárbara Paz em “Viver a Vida” (que, entre vários factóides, ficou famosa – da última vez – cantando “Vai Tomar No Cu”).

Porque SBT é assim, né, minha gente? Uma várzea... terra de ninguém. Mas aí é que está a beleza do canal: da singeleza do Chaves às brigas do “Casos de Família”, passando pelas novelas que exageram no make-up e na iluminação, mostrando poros até de quem tem pele boa. É gente da gente, é como o Brasil fala, é o retrato visto por quem lida com o povo de perto, se misturando! Não estou dizendo, em nenhum momento, que concordo com a fórmula, mas ignorar o comportamento da população é tão irresponsável quanto não trabalhar conteúdo de qualidade, pelo simples fato de não se saber nem como gerar interesse por algo novo e relevante.

Não. Me recuso a falar sobre o Sílvio ou sobre o domingo aqui, porque senão eu não vou ter o que falar no fim de semana. É post à parte mesmo.

Por enquanto, eu quero mais é que as séries que o SBT compra e acaba sempre jogando pra madrugada permaneçam lá, contribuindo com a minha insônia e me dando um cheiro de TV paga (pra que outro motivo eu assinaria? Hahaha!). Ah, e trocar minha Tele Sena, pra continuar tentando ganhar o meu dinheirinho!


E pra fechar esse post non-sense (assim como a programação do SBT), tão naturalmente como fazem todas as 4 crianças se revezam no “Bom Dia & Cia.” quando descobrem de onde a criança que ligou pra participar da brincadeira fala, um beijo pra todo o pessoal de Osasco! Smack!

2 comentários:

Ricz disse...

Marinho, menino...
Orgulho de ver esse seu lado cronista e me divertindo horrores com seus textos...

Cranmarry disse...

Sbt é o canal do "lambuza todo o ãnus, lambuza o seu dedinho..."

ah se fosse o meu!!!