segunda-feira, 26 de julho de 2010

Baila, baila comigô



Pra mim, que tenho um fraco por comoção popular, demonstrações artísticas e reality shows, a Dança dos Famosos é prato cheio! Eu canto junto, balanço o pezinho e, quando fico muito feliz, bato palma pra TV mesmo! Já esbocei essas reações com o Serjão Loroza, com a Rosamaria Murtinho, com o Rodrigo Hilbert e com a Christiane Torloni (minha preferida de todos os tempos).


Mas vamos ao elenco desse ano:

Diogo Nogueira: não dava nada no começo. Dava tudo depois: casa, comida, roupa lavada... HAHAHAHAHA!

Paulo Zulu: dava tudo no começo. Não dava nada 2 segundos depois: chato, achava que a culpa pela sua total falta de coordenação motora era dos jurados.

Bruno de Luca: ex-gordo que não convence, suado, descoordenado e todo mole. Acertava todos os passos, ainda que parecesse sem querer.

Stênio Garcia: entrou pela cota de idosos (sempre tem), mas foi o responsável pelas acrobacias mais comentadas dessa edição.

Ana Maria Braga: em forma e com belas pernas (de costas enganava super bem), dançava nada, mas era jogada de um lado pro outro e segurava a piruetagem bem bonita.

Wanderléa: como Ana Maria parecia uma menina, Ternurinha (haha!) representou a melhor idade. E gritava “uhuuu” a cada passo difícil que dava. Tem como não amar?

Christine Fernandes: linda, linda, linda e linda. Dançando: linda. Parada: linda. Falando: linda. Linda.

André Arteche: talentosíssimo (em todos os sentidos). Só não foi pra final porque Fernanda e Sheron eram espetaculares.

Marcelinho Carioca e Letícia Birkheuer: ignorados na final, ignorados no blog! Hahahahaha!


E as finalistas:

Sheron Menezes: gente da gente, devia sair pra almoçar do Projac com o crachá da Globo no pescoço de tão feliz, sabe? Chata ou estressada, como queiram, acabou até fazendo com que seu professor (feinho, tadinho) parecesse um pouco mais jovial.

Fernanda Souza: vimos crescer, emagrecer, ficar gostosa, virar boa atriz (Miiiiirna!) e torcemos mesmo antes da apresentação. Eu era louco pra que ela e o professor se pegassem, mas acho que a intimidade (que a fez mostrar a TPM e o fez soltar a franga) matou essa tensão sexual que os faziam tão bons. Até a final...


No primeiro domingo, rolou dança de rua e tango. E tudo o que eu esperava da Fernanda veio da Sheron. Solta e dançando pra porra. Fernanda foi bem feijão com arroz. Mas aí vem a desforra, né? Criticaram tanto o Alexandre Porcel (professor da Fernanda) que ele deve ter arrebentado a sapatilha essa semana.


Neste domingo, Sheron tava on fire. No paso doble, deu até gritinhos a la Wandeca, só que contextualizados. Mas aí me vem o júri técnico e caga na coreografia inteira. Apesar de terem feito os tais 120 passos (whatever), a mulher é a capa do toureiro e não o touro, faltou o capa, onde já se viu dançar no chão, enfim... quase uma catástrofe. Destaque para Carlinhos de Jesus, bem mal humorado.


Entra Fernanda. E dança perfeitamente (tá, confesso que continuei esperando uma esfregação extra, mas não se pode ter tudo). Mas não teve 120 passos, ela imitou touro, dançou no chão... fiquei com dó quando chegasse o júri técnico. Até o júri artístico ficou. Mas aí eles dizem que aquilo sim era paso doble! E o espectador fica como, minha gente? Aqui percebemos que Carlinhos de Jesus se revolta quando olha pra Alexandre e nota que seus 62 anos começam a aparecer.


Troca o ritmo sem intervalo para banheiro, suco, um pedaço de torta à 8h da noite, enfim. É samba de gafieira. Sheron chega toda trabalhada na brasilidade. A hora que ela der a primeira rebolada, ganha. E ela faz isso mesmo. Mas lá vem o júri técnico. Lá vem Carlinhos de Jesus. Tomado pela dor causada por sua dentadura nova (Stênio Garcia que indicou seu protético), ele detona o coreógrafo.


Fernanda vem por último. Não dá pra ignorar o que Sheron fez até agora, mas Fernanda ainda tem sua última chance (tão gostando do tom de suspense?). Ela entra com um batom vermelho (linda como Christine Fernandes, que usa o mesmo batom) e vai à forra! Plateia se exalta, júri artístico sem palavras e júri técnico encantado. Menos Carlinhos de Jesus. Mas como ele usa colar de sementes, decidimos não respeitá-lo mais. Preferimos Maria Pia Finocchio e sua sobrancelha definitiva.


Chega a hora do resultado. Sheron está confiante. Fernanda, com medo. Vêm as notas. Sheron com a mesma cara. Fernanda se choca com as suas e recebe abraço de Sheron enquanto tem dificuldade em fazer contas. E Fernanda ganha. E chora. E eu choro junto. E Ana Maria a pega no colo. E chove papel picado. E Faustão chama de imbecil o cara que não colocou os resultados finais na tela. E Carlinhos de Jesus tira da bunda o fio dental que o estava matando e volta a sorrir. De boca fechada, pra dentadura não escapar.


Agora, só ano que vem... Eu ainda vou continuar vendo Faustão de vez em quando (adoro Arquivo Confidencial), mas confesso que, até a próxima dança, será um sacrifício bem árduo.

O fim de “Tempos Modernos”, graças a Deus



Vamos lá: eu nunca entendi direito qual era a real de Tempos Modernos. Uma novela que tinha um Fagundes manda-chuva como protagonista (mas bem longe de ser um Juvenal Antena) que construiu um prédio inteligente e que tinha 3 filhas: Viviane Pasmanter, que sumiu e todo procurava; Regiane Alves, perua mãe de várias meninas chamadas Maria que se achavam mini-espiãs demais; e Nelinha, rebelde sem causa que abusava do overreacting. Era apaixonado por Eliane Giardini que tinha um filho por quem Nelinha era apaixonada, mas que ninguém sabia quem era o pai.


Mesmo assim, eu resolvi assistir o último capítulo só pra comentar aqui. Pra começar, já ouvi, no primeiro bloco, o que seria minha tormenta até o final: toda fala era composta de um clichê mais feio e improvável que o outro. Alguns anotados: “Deve haver um jeito de sair dessa ratoeira”, “Vou procurar debaixo de cada grão de poeira”, “Seu irmão tem o direito de ver desabrochar o seu talento”. Santa paciência, Batman!


Essa questão dos clichês só melhorou quando Eliane Giardini apareceu. Ela precisava resolver sua questão com o vilão Caruso, que era louco nela. E dessa tentativa bizarra de sequestro deu-se o seguinte diálogo:

- Pra onde vamos?

- Pra bem longe. Talvez nunca cheguemos!

- Já te amei e quero seu bem.

- Você é como gás nobre que escapa pelos meus dedos...

- E por que você insiste em me domar?

- Porque esse é o destino das almas selvagens!


O outro momento foi quando a mesma Giardini foi resolver seu amor com Fagundes. Eu só sabia que ele havia trocado uma mulher de cabelo enrolado e vestido florido por outra mulher de cabelo enrolado e vestido florido, só que 20 anos mais nova. Mas como panela velha é que faz comida boa, lá foi ele! Ledo engano... Tiveram a conversa mais psicodélica ever, dizendo que aquele amor não cabia nesse mundo e que a única (única???) noite que passaram juntos seria para sempre inesquecível. Ah, Fagundão... Bota essa porra pra funcionar!


Enfim... entre os coadjuvantes como a policial Beyoncé ou a Priscila Fantim fazendo outra vilã contra uma mocinha do Walcyr Carrasco, meu troféu vergonha alheia iria pra Bozena, que resolveu querer ser Rita Hayworth e só conseguiu me deixar com sensação de ressaca de gin. Em segundo lugar, ficariam os belíssimos nomes que o autor escolheu: Regiane Alves, a filha rica perua, era Gorete. Eliane Giardini, a primeira-dama, era Hélia. Grazzi Massafera, a vilã em início de carreira, Deodora. E Nelinha... bem, Nelinha merecia ter um nome feio mesmo.


Pra fechar o desfecho do que tem que encerrar em últimos capítulos, acharam a Pasmanter escondida num espelho depois de desvendar um enigma do Caruso (juro!), Guilherme Weber aparece vestido de padre e mata Deodora numa cena mexicanérrima, Danton Mello (o Bahuan dessa novela) arruma no chat line uma namorada que flutua no chroma key e Nelinha, porque é chata demais, se reproduz. E o elenco todo termina ao som de “We Will Rock You”, batendo duas palminhas e dando um soquinho no ar.


Na verdade não terminou assim... é que, depois dessa cena, eu não quis ver mais nada e desliguei a televisão.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pra minha mãe, pro meu pai e pra você



Eu sempre brinco que talvez seja a única pessoa que cresceu e continua amando a Xuxa. E toda vez que eu falo isso (ou quase toda), aparece um ser humano corajoso que diz “Eu também gosto!”, mas claro, não com o mesmo ímpeto que eu (tanto que focam no verbo “gostar”, enquanto eu amo mesmo).


Não vou nem tentar explicar o porquê disso, porque praticamente todo mundo que venha a ler esse post terá a mesma referência que eu, mas algumas coisas ainda me pegam como o “querer, poder, conseguir”, “Lua de Cristal” tocando na Trash 80’s ou a forma como ela trata crianças. Ponto 1: se você já morreu de vergonha, ok, pode ir agora... hahahaha! Ponto 2: não precisa me lembrar da Xuxa Verde e do “Aham, Cláudia, senta lá”. Eu também morro de rir, mas o post é emocional! Hahahahaha, é sério!


O fato é que desde pequeno, eu acompanho a carreira da Xuxa, entre fracassos inexplicáveis como o “Bobeou, Dançou” até compreensíveis como o “Xuxa no Mundo da Imaginação” e outros sucessos tranquilos de se explicar como o “Planeta Xuxa”. E apesar do discurso dela e do trabalho ótimo pra crianças com a série “Só Para Baixinhos” – datado, mas quem tem contato com criança pequena valoriza isso quase como Backyardigans – ela já tem 47 anos e precisa ampliar o discurso. E tem mais condições de fazer isso do que a forçada da Eliana (mas talvez valesse dar uma assistida na Angélica, que aprendeu mais rápido que as outras).


Eu quase nunca assisto ao novo TV Xuxa, até porque eu durmo no sábado de manhã. Mas (talvez até por isso) toda vez quer assisto, fico um pouco tocado. Não tem nada de diferente na fórmula do programa: concursos de dança, gincana entre amigos ou famosos com familiares, apresentações de artistas nacionais e convidados famosos, mas a figura dela faz tudo soar meio... mágico. Nesse sábado ela fez o quadro “Memória X” com a Fernanda de Freitas, que já foi sua assistente de palco, e assim como o dia em que Sheron Menezes foi participar de um quadro e se emocionou por vê-la ao vivo pela primeira vez ou quando a convidada foi a ex-Trem da Alegria Amanda Acosta, é o que ela inspira nas crianças e o que permanece depois que essas crescem que nos fazem ficar emocionados com o que ainda é leve: sentimento de esperança.


Outra coisa que me tocou nesse s
ábado foi a apresentação do grupo Thool, um grupo de circo que já havia aparecido no Caldeirão do Huck com boa visibilidade, mas que teve uma nova repercussão aqui. E o foco, dessa vez, junto com o sonho de quem quer trabalhar com circo no Brasil, foi numa menina de 6 anos que é uma das atrações do grupo, e que teve uma atenção especial da Rainha dos Baixinhos (ah, vai… precisava mencionar o apelido nesse post, já que, talvez, eu não fale mais dela aqui). Tudo bem que a mãe disse que assiste à Xuxa desde que se conhece por gente, e elas pareciam ter a mesma idade, mas tem coisas que só Monange faz por você!


Enfim, ainda que ela tenha um apelo consumista pela quantidade de produtos licenciados (e tenha feito meu pai gastar os tubos com a coleção do He-Man – incluindo o Castelo de Grayskull) e que tenha me feito desejar melão e pão com manteiga no café da manhã (não que fosse um problema pra mim, mas vivemos num país com uma realidade sócio-econômica e culturalzzzzzzZZZZzzzzZZzzz...), assim como o Luciano Huck se define como um realizador de sonhos, eu vejo a Xuxa como uma propagadora de esperança. Pronto, falei.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Post segmentado: SATC 2



Sex And The City 2 é uma bobagem. Mas uma bobagem deliciosa! E definitivamente, ela segue o público da série: só mulheres e homens gays gostam. E o filme tem zero pretensão de atrair outra fatia de audiência. E como se as referências fashion não fossem suficientes, o que falar do excesso de referências gays nesse filme? A começar pelo casamento do Stanford com o Anthony no começo, com permissão pra trair e não ser convencional, a descrição do Anthony de que Branca de Neve havia explodido na festa, a “bitch” (literalmente) que Samantha levou pra cerimônia, o cross-dressing da Carrie com uma coroa (horrorosa), ao Stanford in white, E À LIZA MINELLI! SATIRIZANDO SEUS MILHÕES DE CASAMENTOS (não conheço nenhuma mulher hétero que tenha rido tanto dessa referência), E CANTANDO “SINGLE LADIES”!

Sério. Podem até achar que foi exagerado. E foi mesmo! Hahahahaha!

Fora isso, o filme não surpreende pelo que se destina. Surpreende, sim, pela quantidade de bons e hilários momentos. Charlotte continua Charlotte, lutando contra a natureza e querendo ser a esposinha da América. Carrie continua sendo o ser mais insuportável, chato, overdressed e egoísta do mundo. As 4 juntas continuam sendo as 4 juntas. Mas Miranda tá on pills, engraçadíssima, virada no “uhuuu” e tão exagerada que parece o Zacarias! E Samantha… Samantha é a rainha do filme. Não fosse tão caricata, seria muito gente da gente.

E esse filme existe pra desconstruir Samantha e fazer com que tenhamos mais apego por ela (se é que isso é possível). Desde o começo, com as milhões de vitaminas pra não parecer ter os 52 anos que tem (“I’m fifty-fucking-two and I’m wearing this dress!” – e sustentando Miley Cirus com o mesmo vestido), passando pela roupa de Paquita no Karaokê, e até o desespero da menopausa chegando (com a falta de apetite para o que ela mais gosta de fazer na vida e com as ondas de calor). Até na identificação com a velhinha de burka! E claro, na esfregação de camisinhas na cara do povo da Medina, fazendo exposição da figura. #CloneFeelings

E deu pra 2 caras! SATC devia isso pra ela. Samantha dando pra um só não é justo.

Agora a Carrie… convenhamos. Até quem nunca entendeu meu ódio por ela, iniciado quando ela traiu o Aidan com o Big (juro, até aqui eu tinha sido capaz de ignorar o “eu-eu-eu” dela o tempo todo – certeza que essa porra é ariana), agora me deu razão. Chata! Insuportável! E ainda por cima me ganha um diamante negro do Big depois de tê-lo traído (que, gentleman como sempre, com certeza pensou em algo como “ah, já fiz tantas vezes… deixa ela tadinha… vai cortar muito a unha do meu pé nesse sofá”) e ignora (novamente) o mesmo Aidan, depois de ter cagado com a vida dele pela terceira vez.

Enfim, apegos pessoais à parte, eu quero mais é pegar balada com Samantha ao natural e Miranda louca de bala! Vale o prêmio de Melhor Sessão da Tarde (voltada à público segmentado) Ever!